quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ser schoenstattiano autêntico é ser missionário


Schoenstatt é um Movimento essencialmente apostólico: quer formar missionários comprometidos, capazes de acender também em nós o mesmo zelo apostólico. Por isso o Pe. Kentenich reza nas orações do Rumo ao Céu: “Faz-nos arder como tochas e caminhar com alegria para os povos, combater como testemunhas da Redenção, conduzi-los jubilosamente à Santíssima Trindade." (12) Assim o fundador de Schoenstatt faz seu o desejo de Cristo: “Eu vim lançar fogo à terra, e que tenho eu a desejar se ele já está aceso?” (Lc 12,49)
 
Ser missionário: um chamamento da Igreja
Desde fins do século XIX até nossos dias, a Igreja repete, cada vez com maior insistência, o chamamento do missionário, especialmente aos leigos. O Concilio Vaticano II foi um marco neste sentido. Com muita força e clareza convida os leigos para assumir o seu dever e o seu desejo de evangelizar. Os sacramentos do batismo e da confirmação capacitam-nos para exercer um compromisso apostólico ativo, participando assim da tríplice missão de Cristo: de sua missão pastoral, sacerdotal e profética.
Nosso tempo é testemunha do belo despertar do laicado. Surgem múltiplas iniciativas apostólicas e movimentos eclesiais que comprovam uma autentica irrupção do Espírito Santo. Sem dúvida, o zelo apostólico e missionário será decisivo na configuração da Igreja no terceiro milénio. A Igreja tem que dar hoje um passo adiante na evangelização, “deve entrar numa nova etapa histórica do seu dinamismo missionário”, afirma João Paulo II.
 
Ser Missionário: uma necessidade de nosso tempo
Nesta nova etapa histórica, os cristãos não só devem assumir o papel apostólico e missionário que lhes corresponde, mas também são chamados a responderem ao extraordinário desafio evangelizador que preenche um mundo secularizado e envolto numa espiral de desenvolvimento e mudanças como nunca se experimentou antes. ”Santidade e missão da Igreja são duas faces da mesma medalha”, pois “só na medida em que é santa, isto é, cheia do Amor Divino, é que a Igreja pode cumprir a sua missão”, afirmou Bento XVI
A falta de um sério compromisso apostólico no passado, teve como consequência que importantes áreas do desenvolvimento científico, técnico, social, económico e cultural ficaram à margem da influência do evangelho de Jesus Cristo. Assim, encontramos-nos hoje num mundo cada vez mais materialista e indiferente em relação a Deus. O vácuo que separa a fé e a cultura é tremendamente profundo e difícil de superar. Mas, é ainda possível!
Esta é a realidade na qual nasce Schoenstatt. Antecipando-se ao que a Igreja viveria na segunda metade do século XX, desde o seu começo Schoenstatt sentiu-se chamado a levantar a bandeira da missão. Como movimento apostólico quis comprometer-se na luta pela “renovação religioso-moral do mundo em Cristo”, fazendo suas as bandeiras que, décadas mais tarde, hastearia a Igreja pós-conciliar.

Ser Missionário: prova de que se entendeu Schoenstatt
Já nos primeiros tempos, o Pe. Kentenich preveniu sobre o perigo de se considerar Schoenstatt como um “clube de auto-santificação”. Schoenstatt é um movimento, não é uma organização estática; é um organismo eminentemente dinâmico. É um movimento apostólico, impulsionado por uma forte consciência de missão e orientado para o compromisso evangelizador. Mais ainda, é um movimento apostólico de renovação, que quer animar eficazmente a vida da Igreja, para que esta seja a alma do mundo e edifiquemos juntos uma nova cultura, a Cultura da Aliança. Nada mais fora da natureza de Schoenstatt do que centrar-se em si mesmo, fugindo dos desafios que o tempo atual propõe ao cristianismo.
A Mãe de Deus presenteia no seu Santuário as graças do abrigo espiritual e da transformação interior para fazer de nós verdadeiros apóstolos, instrumentos aptos em suas mãos e enviar-nos para trabalhar na vinha do Senhor. Nossa Mãe e Rainha, a Companheira e Colaboradora de Cristo em toda sua Obra redentora, deseja que cooperemos com ela e como ela na Obra redentora de Cristo.
 
Ser Missionário: uma vocação de Schoenstatt e para Schoenstatt
Durante a primeira guerra mundial, quando estava nascendo Schoenstatt, entre os primeiros congregados circulavam as “Orações Apostólicas”, compostas pelo Pe. Kentenich. Na sua simplicidade, elas refletem o espírito que anima ao Movimento:
“Mãe Três Vezes Admirável, ensina-nos a lutar.
Contra todos os inimigos, o teu reino propagar.
Seja em ti o mundo inteiro renovado e amor
e fiel incenso oferte a teu Filho, o Senhor.”
A vocação apostólica e missionária de Schoenstatt é tanto mais fecunda quanto mais se realiza à sombra do Santuário. Durante o tempo de Dachau,  o caráter apostólico do Movimento de Schoenstatt  já era uma realidade viva. Por isso, no campo de concentração, o Fundador pode rezar esta oração:
Schoenstatt permaneça teu lugar predileto,
baluarte do espírito apostólico,
guia que conduz à luta santa,
fonte da santidade na vida diária.
Tocha que arde por Cristo
espargindo centelhas de luz
até que o mundo, como um mar de chamas,
arda para a glória da Santíssima Trindade.”
(Rumo ao Céu, 499-500)
 
Fonte: www.schoenstattmedia.cli
Tradução: www.maeperegrina.org

 

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