quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pegadas 2009


É com alegria que pelo segundo ano consecutivo a Juventude Feminina e Masculina de Schoenstatt se junta aos Escuteiros da Gafanha da Nazaré e ao grupo de jovens Sementes de Esperança, também da Gafanha da Nazaré, para um encontro ao qual designam por PEGADAS.
Esta é uma oportunidade de reunir os jovens da nossa freguesia para uma caminhada diferente, uma caminhada que se pretende com Pegadas enraizadas em Cristo.
A Filipa Ribau deixa-nos o seu testemunho…


Partimos no dia 25 de Setembro pelas 20h, à descoberta de uma terra que não aparecia no GPS, Santo André de Vagos. Chegámos e tivemos uma óptima recepção feita pelo grupo de jovens da Gafanha da Nazaré.
Ao relembrar-me dos momentos passados, vejo o caminho que percorri ao longo destes três dias, que foram importantes para mim e que marcaram a minha vida!
Um dos objectivos principais deste encontro, além da amizade que travámos, era descobrir como tinha sido a vida de S. Paulo. Descobri que S. Paulo era uma pessoa sem limites, o limite era a morte, mas até lá, mesmo não conseguindo correr (ou até andar) muitas vezes enganado no caminho, era capaz de recomeçar tudo de novo. Apesar das encruzilhadas e armadilhas que lhe foram postas no caminho, apesar dos buracos, e também dos becos sem saída, ele teve força para ultrapassar tudo sem medo, e desta forma conseguiu atingir os objectivos com força e dedicação.
Durante estes dias, deixei -me envolver pelo sentimento de nostalgia que me embalava durante a viagem que fiz, ao encontro de S. Paulo. Foi uma longa caminhada, que pude partilhar com pessoas que me marcaram, cada um à sua maneira… pois todos tínhamos o mesmo objectivo: descobrir quem era aquele Homem tão especial. Foi igualmente bom ouvir todas as palavras ditas por aquela gente, no fundo deram-me forças e vontade para continuar esta caminhada, que é a Vida. Agradeço, e dou os parabéns aos organizadores deste evento, agradeço a aventura, a disponibilidade, a entreajuda, e a diversão que nos proporcionaram.
Hoje, ao olhar para trás, posso recordar tudo isto e ver o trilho delineado pelas minhas pegadas, nas areias do tempo! Sei que o futuro me guarda longas dunas, milhares de quilómetros de areias virgens e inexploradas, que aguardam os meus passos, aguardam a minha marca, a minha PEGADA.

Filipa Ribau

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Escutar Cristo é fazer opções corajosas

«COR UNUM IN PATRE»

Irmã Cristina em dia de festa


Irmã Cristina: 22 anos ao serviço de Deus
e dos ideais de Schoenstatt

No passado domingo, dia 27, a nossa assessora, Ir. Cristina, celebrou, no início de actividades da Liga das Famílias de Aveiro, o 22.º aniversário da solene celebração da tomada do hábito, na qual as noviças recebem o traje das Irmãs de Maria.
“Escutar Cristo é fazer opções corajosas, é tomar decisões por vezes heróicas. Chama alguns a deixarem tudo para O seguir na vida consagrada. Quem sente este convite não tenha receio de lhe responder 'sim' e siga-O generosamente...” (Papa Bento XVI)

“A importância das Irmãs de Maria para a nossa cultura consiste, antes de tudo, em representar o verdadeiro, o genuíno tipo de uma mulher moderna.” (Pe. José Kentenich)

A Liga das Famílias da Diocese de Aveiro agradece à Ir. Cristina toda a oração, dedicação, empenho e trabalho junto da Família de Schoenstatt.
Afinal, “Santos da Terra também podem fazer milagres”

Liga das Famílias,

São e CaPê

Liga das Famílias da Diocese de Aveiro

Início de actividades do novo ano pastoral (clicar na imagem para ampliar)



Novo ano em marcha


No passado domingo, dia 27, houve o encontro de início de actividades da Liga das Famílias de Aveiro. Iniciámos o encontro, na parte da manhã, com a celebração eucarística, presidida pelo nosso assessor, Pe. Carlos Alberto, seguindo-se o almoço partilhado; na parte da tarde, apresentámos os projectos do novo ano: actividades, Jubileu, grupos que fazem parte da nossa família actual. Tudo nos apontou caminhos de vida, alicerçados nos ideais de Schoenstatt.
No final, reunimos em grupos e planificámos os objectivos de cada grupo para o novo ano.

Liga das Famílias,
São e CaPê

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Juventude Feminina de Aveiro - Parte III

Sê Filha Lirial pela Fecundidade do Santuário

Entretanto havia-se já formado um grupo de Juventude Masculina, que fez e conquistou a sua bandeira. Ao vê-la, a Geração Fundadora da JFS na diocese de Aveiro sentiu a mesma necessidade: ter algo que as unisse, que fosse força nas suas vidas, que representasse como queriam viver dali para a frente. Foi então que surgiu o seu símbolo, o agora símbolo de todas nós. Que nos une e nos lembra o que foi construído, o que é vivido e que queremos ver sempre renovado. Que foi conquistado com sacrifício e seriedade. A Bandeira da JFS!

«Nós, Juventude Feminina de Schoenstatt, há já muito tempo que estamos a pensar na nossa bandeira. Esperamos poder concretizar esta ideia em 1980. Fizemos um trabalho de pesquisa sobre a origem, o sentido e o simbolismo das Bandeiras nas histórias dos povos. Desde o tempo dos Egípcios que as bandeiras são o sinal da identidade, de conquista, de lutas e de vitórias. Hoje as bandeiras hasteadas representam grupos humanos unidos nos mesmos ideais e que aspiram aos mesmos objectivos: nações, partidos políticos, grupos desportivos, culturais, sociais e religiosos, movimentos e associações, usam bandeiras próprias. Nas festas, datas históricas, nas cerimónias fúnebres, por ocasião de visitas importantes, as bandeiras são hasteadas. Sempre, a bandeira é símbolo do grupo e representa-o. Para nós, Juventude Feminina, a bandeira será símbolo do grande ideal a que aspiramos: “Sê Filha Lirial pela Fecundidade do Santuário”.»


O Símbolo do Pai representa Deus Pai, origem de todas as coisas e fonte de toda a vida. D’Ele tudo parte e para ele tudo converge. O Pai é amor e age por amor e para o amor. E o Pai é também a felicidade. Criou o Homem para o fazer participar do Seu amor e da Sua felicidade. Enviou o seu Filho para que n’Ele pudéssemos ser filhos do mesmo Pai e inseridos no Seu amor.


A Cruz é o centro da história da Redenção. É o ponto de união do Homem com Deus porque pela cruz, em Cristo, o Homem se torna Filho de Deus.
O sacrifício de Jesus na cruz é doação total ao Pai, oblação perfeita e santa. Como Jesus aceitou a Sua cruz e aceitou a vontade do Pai, também nós devemos estar prontos a carregar a cruz para completar a Obra da nossa própria Redenção.
Do alto da cruz, Jesus deu-nos Maria por Mãe e confiou-a aos cuidados de São João: “Filho, eis aí a tua Mãe, mulher, eis aí o teu Filho.” E São João levou Maria para sua casa.

Em Schoenstatt, é o Pe. José Kentenich que assume o papel do discípulo amado e oferece um lar a Nossa Senhora no Santuário.


O Santuário aos Pés da Cruz expressa a união de Jesus e Maria na Obra da Redenção. O nosso Pai e Fundador afirma: “Maria é a Companheira e Auxiliar oficial de Cristo em toda a Obra de Redenção. Na Eternidade Ela continua a desempenhar este papel como Medianeira de Todas as Graças e Mãe da Igreja."
Além disso, o Santuário expressa a missão original do nosso Santuário na Gafanha da Nazaré: TABOR MATRIS ECCLESIAE.
Aqui Maria manifesta-se como Mãe da Igreja. Aqui, Ela quer formar cristãos autênticos e verdadeiros, filhos heróicos do Pai Celestial, segundo a imagem de Jesus, o Filho Primogénito.
No Santuário encontramos Maria, Mãe que nos ama, acolhe e educa. Rainha que, reinando em nós, nos transforma em pequenas Marias. Vencedora que nos envia como seus Instrumentos e Apóstolos, a lutar pelo triunfo do Reino de Cristo.
O Santuário é Tabor. Assim como no Monte Tabor Jesus se transfigurou e manifestou as suas magnificências (Mt 17, 1-8) revelando a Sua Divindade, também Nossa Senhora quer irradiar, a partir do nosso Santuário, a magnificência do Seu amor, do Seu poder, da Sua beleza e da Sua sabedoria. A Mãe Imaculada também quer irradiar as Suas magnificências através dos lírios que contornam a cruz e o Santuário formando ao seu redor uma Coroa Lirial.


A Coroa Lirial representa a Juventude Feminina.
Como Filhas da Rainha Lirial queremos ser princesas liriais a irradiar as magnificências do amor e da pureza, da alegria, da liberdade, da verdade e da justiça.
Cada lírio, cada rapariga, quer ser uma vitória (por isso o lírio tem a forma de V) para a Rainha dos Lírios. Quanto mais ela o for, tanto mais será uma viva coroa lirial nas mãos do Pai e Fundador, com a qual ele coroa a nossa Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
“O lírio nasce da Cruz” afirmou o nosso Pai e Fundador. A cruz lembra-nos o sacrifício, o esforço, a auto-educação que queremos praticar para atingir o ideal de pureza que escolhemos.
Queremos ser testemunhas da Mãe Imaculada. Testemunhas fieis do ser puro, nobre e feminino de Maria.

in: Arquivos da Juventude Feminina de Aveiro


A Geração Fundadora, 1980.


Ana Margarida Bola

domingo, 27 de setembro de 2009

1 Família, 1 Pai, 1 Missão... e 1 JFS

Carolina e Inês

Feliz Coincidência

No sábado passado, a Juventude Feminina viveu um momento quase "insignificante", pois foi realmente muito curto e improvisado, mas que vai deixando vestígios da alegria de pertencer à JFS. Somos 1 só Família, 1 só JFS, ainda que em fases de vida muito diferentes.
A Carolina, das Apóstolas de Maria, e a Inês, do grupo "Sorrisos de Maria" das Aliadas, festejavam os seus aniversários de nascimento. Por feliz coincidência, o grupo das Apóstolas de Maria, que teve a sua reunião, e um pequeno grupo da Juventude, que ensaiava uma coreografia para um acontecimento próximo, encontraram-se no pátio das Casa Padre Kentenich. Os parabéns foram cantados e ainda se partilhou um bolo de chocolate delicioso.

PADRE JOSÉ KENTENICH: Notas Biográficas - 3

José Kentenich aos dois anos e meio de idade

A nossa viagem começa em 16 de Novembro de 1885, numa pequena aldeia da Alemanha, chamada Gymnich, situada nos arredores de Colónia, onde pelas 7 horas da manhã, nasce um rapaz filho de Catarina Kentenich e de Matias José Koep, a quem é colocado o nome de Pedro José Kentenich.
Por mera curiosidade, podemos referir que no dia em que nasceu o Pai, a pequena aldeia vivia uma das suas festas mais importantes, que remontava à época das cruzadas e que habitualmente levava sempre os habitantes da aldeia a cometerem alguns excessos, que o pároco local procurava dentro do possível controlar. Ora, nesse ano de 1885, escreve o pároco local no diário paroquial, no dia 19 de Novembro:
“ Ontem terminou a quermesse. Nunca vi em Gymnich uma festa assim, tão tranquila; transcorreu sem qualquer desordem e alvoroço e não escutei nada sobre outros excessos. Vê-se que o bom Deus tomou os meus paroquianos sob a sua protecção”.
Podemos concluir que logo após o seu nascimento, o Pai teve uma influência benéfica na sua comunidade, pois nesse ano as festas decorreram com mais moderação do que o habitual. Um sinal da importância que o Pai viria a ter como condutor e formador de personalidades? Quem sabe …
Por causa da festa, o nosso pequeno José, só pôde ser registado oficialmente em 18 de Novembro (outra curiosidade – desde logo o dia 18), razão pela qual por vezes surge este dia como data do seu nascimento e no dia seguinte 19 de Novembro é baptizado na Igreja de St. Kunibert em Gymnich.
Os primeiros anos de vida foram passados nesta aldeia onde José vivia com a mãe, na casa dos avós maternos e onde o estilo de vida típico das aldeias da província da Renânia, influenciou a personalidade de José.
.
Fami e Paulo

sábado, 26 de setembro de 2009

A Juventude Feminina de Aveiro - Parte II

Filha e Princesa Lirial, Peregrina ao Lar em Conquista do Santuário

Com o passar dos anos a Família cresce e sente necessidade de ter um Lar. Dá-se então, no ano de 1978, o início da conquista espiritual do Santuário e é a Juventude Feminina que tem a incumbência de o “trazer” para a Gafanha da Nazaré. Realizou-se então, entre os meses de Agosto e Setembro de 1978, uma peregrinação ao Santuário Original sob o lema: Filha e Princesa Lirial, Peregrina ao Lar em Conquista do Santuário.


“13 de Agosto de 1978

Gafanha da Nazaré - AVEIRO
Estação - Caminho de Ferro

São 16h55m. Chegou o comboio. Na azáfama da partida as últimas despedidas: era o adeus da representação da Família Schönstatteana, dos parentes, dos amigos. Havia sorrisos carinhosos!... Havia lágrimas, silenciosas…
Rápido, o comboio partiu. (…)”
in: Diário da Viagem a Schoenstatt

A longa viagem, e a inesquecível estadia, teve muitos frutos. Entre eles… quatro Alianças de Amor! No dia 8 de Setembro, dia da Natividade de Nossa Senhora, quatro jovens selaram a sua Aliança de Amor no Santuário Original. Foram as primeiras da JFS de Aveiro a fazê-lo neste lugar histórico!

Primeiras jovens da JFS de Aveiro a selar a Aliança de Amor no Santuário Original.

De volta a casa, a Juventude Feminina trouxe consigo o Santuário!
No dia 25 de Março de 1979, juntamente com a inauguração da casa das Irmãs, D. Manuel de Almeida Trindade (então Bispo de Aveiro) deu a primeira “pasada” dos alicerces do Santuário e meses depois, no dia 21 de Outubro de 1979, inaugura-o solenemente. No mês seguinte, a 18 de Novembro, selam-se as primeiras Alianças de Amor no Santuário. Estas são seladas por onze elementos da Juventude Feminina!

Primeiras jovens da JFS de Aveiro a selar a Aliança de Amor no Santuário da Gafanha da Nazaré.


Vemos, nestas entregas, que a história da Juventude Feminina cruza-se intimamente com os pontos mais altos da história do Movimento na Gafanha da Nazaré.
A Geração de hoje olha para os exemplos de ontem e anseia ser a JFS comprometida de amanhã.


Ana Margarida Bola.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Juventude Feminina de Aveiro - Parte I

Rainha e Vencedora no Reino da Juventude.


Tudo começa no ano de 1960, quando o já saudoso Padre Domingos convida algumas jovens para formarem um grupo de Juventude Feminina.

Padre Domingos

Nessa altura o Movimento ainda não estava implantado na Gafanha da Nazaré. Havia apenas um enorme desejo e uma grande força de vontade para que isso viesse a acontecer. As jovens aceitam o convite e formaram-se dois grupos que se reuniam com alguma frequência. À medida que os anos passaram, os elementos que compunham os dois grupos foram crescendo, casando e a Juventude ficou adormecida…
Anos mais tarde, depois de muito esperar, sonhar e acreditar, o Movimento começou a ganhar outras raízes; irmãs e padres vieram para a Gafanha da Nazaré na tentativa de encontrar Homens que quisessem “nascer” de novo. E encontraram!
Algumas raparigas receberam um convite, por parte da Irmã Iracema, para terem reuniões onde se falava “de uma tal Nossa Senhora de Schoenstatt e de um padre alemão”. Como era de Nossa Senhora que se tratava, “apesar de esta ter um título difícil de pronunciar”, e como as reuniões eram na casa da Dona Luz (“senhora de confiança!”), elas aceitaram o convite. Assim, o primeiro encontro como Juventude Feminina de Schoenstatt deu-se a 22 de Agosto de 1976, na Casa Sião.


Primeiro Encontro da Juventude Feminina de Schoenstatt. 22 de Agosto de 1976, na Casa Sião.

Ainda sem lar, a recém formada Família de Schoenstatt sentia necessidade de ter um lugar onde pudesse rumar e onde, futuramente, estivesse edificado o Santuário. Surgiu então a ideia de se construir um nicho no local onde se pretendia erguer o Santuário. O nicho seria o local da presença espiritual da nossa Querida Mãe e, por isso, também o local que nos unia mais como Família. A ideia tornou-se realidade e o nicho foi inaugurado no dia 22 de Maio de 1977.

Inauguração do Nicho, 22 de Maio de 1977.


A Família ganhou assim o seu lugar onde rumar. Um lugar onde pôde rezar, sonhar e selar as suas Alianças de Amor.

Poucos meses depois da inauguração no Nicho, são seladas as primeiras Alianças de Amor da Juventude Feminina. Tiveram lugar no dia 16 de Outubro de 1977, pelos grupos Alicerces de Maria e Apóstolas do Pai Fundador.


Primeiras Alianças de Amor da Juventude Feminina.


No dia 21 de Maio de 1978, um ano depois da inauguração do Nicho, realizou-se a primeira grande peregrinação desde a capelinha existente na Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré, até ao Nicho. Nesta peregrinação participaram cerca de 400 pessoas do Movimento e peregrinos, que nesse dia testemunharam a coroação da imagem da Mãe no Nicho como Rainha e Vencedora no Reino da Juventude. (Esta coroa foi roubada, sendo que mais tarde voltou a aparecer.)


Coroação da imagem da Mãe no Nicho como Rainha e Vencedora no Reino da Juventude.



Ana Margarida Bola


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...