sábado, 19 de setembro de 2009

ENTREVISTA AO SR. BISPO DE AVEIRO

D. António Francisco durante a homília.

Abertura Oficial do Jubileu 2010 - 15/09/2009

Aproveitando a presença do Sr. Bispo de Aveiro, na abertura do Jubileu 2010, no passado dia 15 de Setembro, fizemos-lhe uma pequena entrevista, que agora aqui reproduzimos. Para quem assistiu à Missa, é um reforçar das ideias que o Sr. Bispo transmitiu na sua homilia. Para quem não teve oportunidade de estar presente, ao ler esta pequena entrevista, fica com uma ideia bastante precisa, da importância que é atribuída no seio da nossa Diocese, ao Santuário e ao Movimento Apostólico de Schoenstatt.
Uma palavra de agradecimento ao Sr. Bispo de Aveiro, D. António Francisco, pela amabilidade e gentileza, que teve para connosco.

– A sua homilia já disse praticamente tudo, mas gostaria, que nos dissesse, como Pastor máximo diocesano, qual a importância que atribui ao Santuário do Movimento de Schoenstatt, no âmbito da Diocese de Aveiro.

– O Santuário de Nossa Senhora Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt foi declarado aqui em Aveiro um Santuário diocesano. Tem portanto esta referência de uma presença mariana no coração da Diocese e ao mesmo tempo duma dimensão que quer alargar-se a toda a Diocese e a partir daqui tornar-se um itinerário, diria obrigatório para os cristãos no espírito da vivência eucarística mariana e que eu gostava que fosse também um itinerário de oração pelas vocações. Por outro lado, a presença e a existência deste Santuário de Nossa Senhora de Schoenstatt, é também uma afirmação de que connosco, temos os sacerdotes deste Movimento e o Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt. Esta presença da vida consagrada à sombra deste Santuário, é um dom e uma graça de Deus. Em terceiro lugar, existe um trabalho pastoral que irradia deste Santuário, quer no ramo das famílias, quer dos jovens, quer das mães e portanto todo o bem que daqui irradia, que aqui nasce, torna este Santuário uma referência de renovação pastoral e de intensificação da vida espiritual da nossa Diocese.
Nesse sentido constitui uma grande bênção para toda a Diocese, mais ainda, o Santuário é um lugar de peregrinação de muita gente. Nas várias vezes e são muitas que tenho vindo aqui rezar, encontro sempre pessoas em oração que aqui acorrem no silêncio discreto das suas vidas, trazendo momentos de súplica, de acção de graças, ou também transportando consigo o peso da cruz e situações de provação e de sofrimento. O Santuário torna-se assim um lugar necessário e obrigatório onde se respira este ar sobrenatural, onde se acolhe a bênção de Deus e se toca de perto esta presença materna da Mãe.

– É portanto uma bênção, uma graça para a Diocese de Aveiro, ter nas suas terras este Santuário e este Movimento Apostólico?

É uma grande graça para a Diocese de Aveiro, que é uma Diocese jovem, tem 70 anos, e que tem uma presença da devoção mariana, como todas as terras do mundo cristão, concretamente das terras de Santa Maria em Portugal. Mas, concretamente este Santuário, pela sua colocação geográfica, na centralidade do espaço diocesano e pela facilidade de acesso, pela existência de duas comunidades religiosas à beira do Santuário torna-se um dos Santuários de grande referência na nossa Diocese. Para lá do Santuário de Santa Maria de Vagos, é certamente este local que mais gente atrai e ao mesmo tempo donde irradia uma espiritualidade que atinge e vai ao encontro de mais pessoas. Por isso a declaração do meu antecessor, o Sr. D. António Marcelino ao declarar este Santuário como diocesano, compreende-se perfeitamente, porque ele é um lugar de peregrinação, de procura e de bênção para muita gente e que daqui se derrama por toda a Diocese. Queríamos que daqui irradiasse também o carisma do Pai Fundador e 50 anos depois se anunciasse por todo o lado esta boa nova que brota da mensagem do Padre José Kentenich, neste dia em que falamos, é o centenário da sua ordenação sacerdotal. Gostaria que este Santuário fosse neste ano sacerdotal também um local de procura para os sacerdotes, de tempo de oração, de encontro com Deus, deste sentido da bênção materna de Maria e que também aqui se rezasse diariamente pelas vocações sacerdotais que são tão necessárias na nossa Diocese e pela fidelidade dos nossos sacerdotes que é o lema deste ano, “Na fidelidade de Cristo a fidelidade sacerdotal”.

– Contámos com a presença do Sr. Bispo hoje na abertura deste Jubileu, vamos ter ainda, pelo menos, mais duas datas em que vai estar presente, já no próximo dia 18 de Outubro, na peregrinação diocesana e depois já em 2010 numa peregrinação que será feita daqui, deste Santuário, até à Sé Catedral em Aveiro. Vai portanto existir uma ligação íntima, quer pessoal da parte do Sr. Bispo, quer de toda a Diocese, nestas comemorações destes 50 anos de presença do Movimento de Schoenstatt em Portugal?

O Santuário de Schoenstatt conta hoje com a minha presença aqui, como contará sempre e ao mesmo tempo a Diocese conta com a bênção que da Mãe Admirável, daqui irradia para toda a ela. É uma comunhão muito íntima e um sentido muito filial do Bispo da Diocese em direcção à Mãe de Deus e também um pedido de protecção materna da Mãe, para o Bispo e para toda a diocese.

– Só para terminar, o Sr. Bispo já conhecia o Movimento Apostólico de Schoenstatt, antes de ser Bispo de Aveiro?

– Já conhecia o Movimento de Schoenstatt antes de ser Bispo de Aveiro, quer da minha Diocese de origem (Lamego), quer da Diocese de Braga, onde existe também um Santuário de Schoenstatt.

A Equipa de Divulgação de Aveiro do Jubileu 2010.

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