quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pedalada a São Jacinto - Nossa Senhora das Areias



Já com 921 quilómetros marcados no conta-quilómetros rumo à meta dos 2.500 quilómetros até 2014 e conforme planeado, reunimo-nos, os Pedalantes de Nossa Senhora para mais uma etapa na nossa conquista. No final do dia, contas feitas, pudemos somar mais 115 quilómetros à conta final.
O destino? S. Jacinto, Nossa Senhora das Areias.
O caminho? À volta pela Ponte da Varela, porque de lancha não conta!...
Então, no primeiro domingo de Junho, em que logo pela manhã se sentia a Primavera no ar, reunimo-nos para levar a cabo esta nossa etapa.
O projeto está a crescer e a "ganhar rodas para andar" e graças ao apelo: “Vem e traz um amigo!”, o grupo tem vindo a aumentar a cada etapa que passa.
Depois da oração, onde mais uma vez entregámos o nosso projeto, agradecemos estar ali,  pedimos proteção para a viagem, tirámos foto de praxe e à saída contávamos com 23 ciclistas, aos quais se juntaram mais 2 ainda em Aveiro. Contudo, por motivos de força maior, éramos os mesmos 23 quando chegamos a S. Jacinto.
De pedal ligeiro, começámos o nosso caminho pelas estradas que já nos são tão familiares. À medida que avançámos conseguimos aperceber-nos das coisas que estão sempre no mesmo sítio e das coisas que ainda não tínhamos visto.
Apercebemo-nos das diferenças que o nosso grupo tem a cada dia que passa: o número que aumenta, a capacidade de pedalar que aumenta, a camaradagem que se cria e o à-vontade que se ganha entre nós.
E assim seguiu o nosso percurso neste domingo, sem grandes percalços, a um bom ritmo e onde pudemos aproveitar as várias vertentes do nosso litoral para transformar o trajeto num passeio, com paisagens para admirar e gravar na nossa memória. Quer pelas povoações na beira da estrada, quer pelas terras de cultivo a perder de vista, culminando na reta final, dividida entre a mata à direita e a ria à esquerda...


Nestes trajetos damos conta que não somos os únicos, a levantar da cama às 7,30 horas, num domingo para andar de bicicleta. Contudo, há algo que nos distingue de todos os grupos que por nós passam.
Não temos bicicletas de corrida, não temos equipamento igual, não somos patrocinados e mesmo assim, pedalamos sempre.
Mas o que nos distingue mesmo? Não pedalamos para ganhar prémios, nem para sermos vistos, nem para sermos os melhores do grupo. Pedalamos porque queremos marcar a diferença, pedalamos porque acreditamos que são os 40, 90, ou 150 quilómetros que fazemos num dia que podem fazer a diferença para as intenções que cada um traz.


Chegados a São Jacinto, encontrámo-nos com algumas das famílias que desta vez se juntaram a nós também de bicicleta e fomos todos agradecer a nossa viagem. Tirada a foto de prova, foi-nos dada total liberdade pela responsável da igreja para lá estar o tempo que desejássemos. Contudo, outros assuntos nos esperavam. Despedimo-nos de alguns pedalantes que tinham assuntos pessoais a tratar e que portanto tiveram que antecipar o seu regresso e fomos para o local do nosso almoço.


Encontrámos uma pequena mesa na mata, onde pudemos desfrutar um belo almoço, ligeiro, comido de piquenique, à sombra dos pinheiros e que terminou com direito a bolo de aniversário e champanhe.


Depois do merecido descanso e do café tomado, lá seguimos os pedalantes, agora em menor número mas com a mesma força e vontade de percorrer cada quilómetro do regresso e de o fazer contar para o nosso objetivo.
Depois de algumas etapas realizadas, já consigo perceber qual é a nossa marca como "equipa de ciclistas". A nossa distinção, o nosso patrocínio: aspirar a ser melhor ou ser Schoenstatteano!


Se um cai o grupo pára e ajuda-o, se um se sente mal, alguém vai em seu auxílio, se alguém tem um furo, a "equipa técnica", rapidamente entra em ação, se alguém vai prostrado numa subida, alguém vai ao lado a fazer companhia ou até tem uma força extra para empurrar o companheiro, quem vai na dianteira, espera pelos que vêm atrás ou vem a trás fazer companhia...
É isto que nos distingue, é isto que nos dá alento, que no final da pedalada depois dos furos remendados, dos escaldões, das dores e do suor, nos leva a perguntar: "Então quando é próxima?"
É ainda de frisar, a notória falta dos nossos maiores apoiantes morais e logísticos, os nossos fotógrafos e companheiros de jornada, Paulo e Fami e como não podia deixar de ser (apesar de eu ser suspeita) de um dos grandes impulsionadores deste projeto, coordenador das orações e presença assídua o Zé Vilarinho. Para os três, um bem haja e até à próxima etapa!

Sofia Vilarinho 

1 comentário:

Anónimo disse...

Nem o Pessa faria uma reportagem tão linda. E esta em!
Gostei da leitura que fazes de todos os aspetos da viagem. Obrigado Sofia.

Quando é a próxima.
Manuel

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