Na
Gafanha da Nazaré, existe um Santuário de Schoenstatt rodeado de acácias,
hortenses, ciprestes, pinheiros e mimosas.
Ali,
sente-se o cheiro do mar porque não muito longe está o Oceano Atlântico,
espraiando as suas ondas nas intermináveis praias de areia branca.
Junto
ao Santuário, têm casas os Padres e as Irmãs de Maria de Schoenstatt, cujas
portas se abrem para todos aqueles que queiram conviver com a Mãe, num ambiente
tão propício.
Por
isso, 44 adultos pertencentes aos três primeiros cursos da Federação das
Famílias de Espanha, acompanhados de 60 crianças, decidiram realizar aqui o seu
acampamento.
As
previsões meteorológicas anunciavam chuvas e ventos fortes, mas a Mãe com a sua
mão decidida e suave, soube detê-los para que as crianças pudessem desfrutar de
grandes passeios, corridas e jogos de futebol.
Deteve
a chuva para que as Missas tivessem lugar no Santuário com as portas abertas e
permitiu também que os mais pequenos construíssem cabanas debaixo das árvores.
Imersos
na corrente do Ano do Santuário, o tema de formação, versou sobre os Santuários
Lar, seus ideais, sua revitalização e seus símbolos.
Voltámos
assim a encontrarmo-nos com a riqueza e a originalidade deles. Às vezes,
interrogo-me se estamos mesmo conscientes da graça que significa ter a Mãe Três
Vezes Admirável, na nossa própria casa.
Ela
não é apenas mais uma convidada, toma posse daquele lugar do qual sempre saímos
e ao qual sempre retornamos: aquele lugar onde se forma a nossa história
matrimonial e familiar. Esse lugar onde os filhos são educados sob o seu manto
e onde se assim o permitirmos, tudo envolve, tudo preenche.
Mas
isto não é tudo. Cada Santuário Lar, tem a sua originalidade, escolhe um
momento da vida de Jesus, para seu ideal e tem portanto uma missão concreta.
Permite
desenvolver as características próprias de cada família, acolhe todo o bem que
existe nela e através dela o transforma em bênçãos para a Igreja e para o
Mundo. Cada Santuário Lar é uma terra cálida e familiar, onde os nossos filhos
em conjunto connosco, de mão dada com Maria, vão vendo o nascimento, o
despertar de um novo mundo. Podemos confirmar, pelas experiências
compartilhadas, que Belém, Nazaré, o Tabor, o Gólgota, Betânia, Emaús e o
Cenáculo, são momentos e lugares que se revivem no Santuário Lar, são ideais
que transformam a atmosfera em algo quase sagrado, onde sem entraves a vida
flui em torrentes, sem quase darmos conta.
A
formação, os jogos do acampamento, a convivência alegre e a presença do
Santuário da Gafanha da Nazaré entre nós, fizeram que regressássemos a Espanha
com os corações inflamados, dispostos a dar nova vida aos nossos Santuários Lar
e dispostos também a caminhar até 2014 “fiéis às origens e novos fundadores
para o futuro”.
Não
me deixa de surpreender a originalidade da pedagogia de Schoenstatt, que se
serve sempre de acampamentos ou encontros, seja de famílias, rapazes, raparigas
ou peregrinos, para converter em vida, a fé que nasce em cada um e também
inversamente, espiritualiza e eleva cada gérmen de vida por mais pequeno que
este seja.
Que
afortunados somos de poder participar neles e que responsabilidades implicam
estes dons.
Barbara
De Francesci
(Federação das Famílias de Schoenstatt de Espanha)
Nota: Este acampamento realizou-se de 28 de Abril a 1 de Maio de 2012. Agradecemos ao Padre Carlos Padilla e à Bárbara, por terem enviado este texto).
Nota: Este acampamento realizou-se de 28 de Abril a 1 de Maio de 2012. Agradecemos ao Padre Carlos Padilla e à Bárbara, por terem enviado este texto).
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