quarta-feira, 7 de julho de 2010

Padre Kentenich e os tempos antes da ordenação sacerdotal - IV


Com Maria, o fim das lutas e perspectivas de futuro

Numa conferência, Padre Kentenich revela como superou a escuridão das lutas da juventude:

“Tudo é um dom imensamente grande que o bom Deus me concedeu: o modo de pensar orgânico, oposto ao pensar mecanicista. Foi esta a minha luta pessoal na juventude. Ele permitiu que eu experimentasse o que hoje abala o ocidente, até às suas raízes mais profundas. O bom Deus deu-me uma inteligência clara, devido à qual lutei durante anos contra problemas de fé. A preservar a minha fé, durante todos aqueles anos, foi um profundo e singelo amor a Maria. Na verdade, o amor a Maria confere sempre este modo de pensar orgânico. As lutas terminaram quando fiquei sacerdote e consegui criar, formar e configurar o mundo que trazia em mim. O constante cismar foi sanado pela vida comum de cada dia. É por isso que compreendo tão bem a alma moderna e tudo o que provoca tantas desgraças no ocidente. A quem devo tudo isto? É, sem dúvida, o grande presente do alto, da Mãe de Deus. Com a doença, pude experimentar também, amplamente, na própria carne o remédio.”

José Kentenich não atribui a superação das suas lutas a conhecimentos intelectuais. Fala de um “profundo e singelo amor a Maria” e do término das lutas “quando fiquei sacerdote e consegui criar, formar e configurar o mundo que trazia em mim”.

“Ao longo destes anos, a alma manteve um relativo equilíbrio, graças a um profundo amor pessoal a Maria”, explica o Padre Kentenich referindo-se às lutas da juventude: “As experiências que vivi nesse tempo, levaram-me a formular mais tarde a frase: A Mãe de Deus é, por excelência, o ponto de intersecção entre o aquém e o além, entre a realidade natural e a realidade sobrenatural”.

Ele encontrou segurança no profundo amor a Maria. Porém, é justo perguntar: como pôde o amor a Maria ajudá-lo a superar os conflitos existenciais e intelectuais?
O Pai e Fundador reconhece que a razão, por si, não oferece segurança absoluta ao conhecimento humano. Recorda, então, um acontecimento que lhe dera segurança e abrigo: a consagração a Maria, experiência que acompanha e marca toda a sua vida. Certeza inabalável, que nenhum argumento pode refutar. Reafirma, algumas vezes, que a vinculação a Maria prevaleceu durante os anos de estudo.
O amor a Maria foi para ele uma experiência essencial que o ajudou a superar o abismo intelectual. Maria transmite certeza e segurança na fé.

José Kentenich não encontra a garantia da fé em argumentos, mas no plano existencial. O amor a Maria transmite-lhe, a nível do subconsciente, um equilíbrio psíquico que lhe dá segurança. Não é de esquecer que vive, desde a consagração aos oito anos, da experiência que Maria é a sua verdadeira mãe.
“O que as pessoas não podiam dar-me, foi-me concedido directamente por ela (Maria).” As confrontações intelectuais dos estudos não apagaram nele esta experiência. Mais tarde poderá dizer:

“Nunca, na minha vida duvidei da Mãe de Deus”.

(Excertos do livro "Os anos ocultos do Padre José Kentenich 1885 a 1910).


Confio em teu poder e em tua bondade
Em Ti confio com filialidade
Confio cegamente em toda a situação
Mãe em Teu Filho e em Tua protecção.

Fami e Paulo

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