Decorria o ano de 1958, eu tinha 23 anos e pertencia à JFS. Fiz uma viagem de nove dias, atravessando o Oceano Atlântico para conhecer o fundador do Movimento de Schoenstatt que eu seguia desde os 14 anos. Nessa época não era comum uma jovem universitária viajar para um país tão longe.
Foi uma aventura deixar a cidade de Estugarda para ir aos EUA encontrar um sacerdote alemão que só conhecia através de livros. Acabei por ficar por lá. Trabalhei como secretária do Padre Kentenich durante três anos (a1958 a 1961).
Viajei com uma amiga até chegarmos ao Santuário de Milwaukee. A ideia era esperar. Aí pedimos à Virgem Maria que nos enviasse o fundador. Mas, como eu fiquei intranquila, saí para caminhar. Disse à minha companheira que se o fundador chegasse, deveria chamar-me. Não me dei conta que ao sair, já o Padre kentenich chegava pelo outro lado do Santuário. Ele não permitiu que a minha amiga fosse chamar-me sozinha, mas disse que íam os dois. Isso significou muitíssimo para mim. Foi no dia 10 de Agosto de 1958. Nunca mais o esquecerei.
Impressionou-me muito o Padre Kentenich, porque era uma pessoa muito próxima, muito cordial, sensata, muito nobre, que atraía. Tinha uma grande simplicidade, ajudava a todos, preocupando-se com todas as suas necessidades materiais e espirituais. Um traço característico do fundador era que este sabia unir de forma harmoniosa o natural com o sobrenatural. Vivenciei nele um sacerdote muito paternal.
Encontrei um Pai e um Educador. Um educador que respeitava o seu educando e a liberdade deste, dando só início ao processo pedagógico, depois de ter crescido uma relação de confiança recíproca; observava muito antes de intervir e deste modo penetrar profundamente no processo da educação. O Pe. Kentenich educava, sobretudo, mediante o testemunho de vida; o que transmitia, vivera inteiramente. O Pe. Kentenich não é schoenstattiano; ele é Schoenstatt.
Ir.Petra - Milwaukee - EUA
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