Sinal de VINCULAÇÃO nos nossos dias
“Levo uma
imagem na bagagem!” Este é um projeto da CMP para as férias. Quando estamos
perto das férias, começamos a organizar a nossa bagagem com o que é
indispensável, o essencial e só depois o que poderá fazer falta. Partir ou
chegar a algum lugar, sejam viagens longas ou simplesmente até à casa do
vizinho, obriga a se desinstalar, a alterar a rotina de quem parte e de quem
recebe. Por ocasião das férias escolares, lembro especialmente os avós que têm
a seu cargo as crianças e adolescentes. Estes chegam com o mundo todo numa
pequena bagagem: iPAD, telemóvel, videojogos, etc. Estão constantemente
“ligados” pela internet ao mundo virtual e este “mundo” ganha, cada ano mais,
tempo e espaço nas férias. Alguns avós ainda perguntam “i” quê? Lá se foi o
tempo em que os avós eram os “financiadores amigáveis” ou faziam o “papel de
babysitter”; o tempo em que simplesmente riam uns com os outros, jogava-se,
desenvolviam-se talentos com novas experiências e exigências. Hoje, ao dar um
passeio, pesquisa-se em tempo real tudo sobre essa terra por onde o carro passa
e nem se olha pela janela para ver “esse mundo” com os próprios olhos. O tempo
em que vivemos “grita” por algo mais. Aos avós pede-se corresponsabilidade na
educação, “depositar verdadeiros valores” nos corações dos netos para que estes
possam viver dessa força, sintam-se vinculados a valores perenes e os tentem
viver consequentemente.
Numa sociedade em que os valores são atribuídos a coisas passageiras, que estão na moda, existe o risco de se alterar rapidamente o próprio conceito de valor, ou seja, deixar para trás porque isso “já era”. Especialmente em tempos de férias paira no ar o desejo de “ser livre”, viver o novo, experimentar tudo. Sim, viver tudo mais rápido, mais fácil e mais abrangente e isso está ao alcance dum click. É urgente criar espaços e tempo para rir uns com os outros, jogar, conversar, despertar a criatividade. O “fator intensivo de transmissão” de valores ao outro são pessoas que corporizam esses valores, que são como que uma tabela viva de valores. Valores perenes não se compram e não se transmitem primeiramente por ensinamentos, mas sim através de relacionamento pessoal. Por isso a importância de vivências.
O compositor Anton Bruckner diz sobre a sua vida: “Cada vez, quando eu olhava para minha mãe ou para o meu pai, para o meu mestre ou mesmo para Deus respeitosamente, então o meu coração tornava-se muito grande. Nesses momentos eu criei as coisas mais bonitas.” Olhar para os seus modelos de vida, aqueles que depositam valores altos no coração, torna o interior mais amplo e por isso torna-o livre para criar, para se tornar mais “eu”.
Levar a Mãe Peregrina na bagagem, material ou espiritualmente, não é levar só “um modelo que viveu os verdadeiros valores” que gostaríamos de transmitir, mas é estar constantemente “ligado” ao Santuário para receber as graças que a Mãe Peregrina aí distribui para cada um de nós e para aqueles com quem nos relacionamos.
Este mês em que celebramos o dia de Santa Ana e S. Joaquim e por isso o Dia dos Avós, termino com palavras do P. Kentenich: “Eu, pessoalmente, não consigo pensar em nada mais bonito do que a alegria da família, a alegria que se tem na família”.
Numa sociedade em que os valores são atribuídos a coisas passageiras, que estão na moda, existe o risco de se alterar rapidamente o próprio conceito de valor, ou seja, deixar para trás porque isso “já era”. Especialmente em tempos de férias paira no ar o desejo de “ser livre”, viver o novo, experimentar tudo. Sim, viver tudo mais rápido, mais fácil e mais abrangente e isso está ao alcance dum click. É urgente criar espaços e tempo para rir uns com os outros, jogar, conversar, despertar a criatividade. O “fator intensivo de transmissão” de valores ao outro são pessoas que corporizam esses valores, que são como que uma tabela viva de valores. Valores perenes não se compram e não se transmitem primeiramente por ensinamentos, mas sim através de relacionamento pessoal. Por isso a importância de vivências.
O compositor Anton Bruckner diz sobre a sua vida: “Cada vez, quando eu olhava para minha mãe ou para o meu pai, para o meu mestre ou mesmo para Deus respeitosamente, então o meu coração tornava-se muito grande. Nesses momentos eu criei as coisas mais bonitas.” Olhar para os seus modelos de vida, aqueles que depositam valores altos no coração, torna o interior mais amplo e por isso torna-o livre para criar, para se tornar mais “eu”.
Levar a Mãe Peregrina na bagagem, material ou espiritualmente, não é levar só “um modelo que viveu os verdadeiros valores” que gostaríamos de transmitir, mas é estar constantemente “ligado” ao Santuário para receber as graças que a Mãe Peregrina aí distribui para cada um de nós e para aqueles com quem nos relacionamos.
Este mês em que celebramos o dia de Santa Ana e S. Joaquim e por isso o Dia dos Avós, termino com palavras do P. Kentenich: “Eu, pessoalmente, não consigo pensar em nada mais bonito do que a alegria da família, a alegria que se tem na família”.
Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Julho 2013)
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Julho 2013)
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