terça-feira, 17 de abril de 2012

"Encontro-me perante a última etapa do percurso da minha vida...


No final da missa que o Santo Padre celebrou ontem, no Vaticano, por ocasião da celebração do seu 85.º aniversário natalício, um grupo da Baviera, sua cidade natal, felicitou-o com uma dança.
Momentos antes, durante a homilia afirmou:
“Encontro-me perante a última etapa do percurso da minha vida e não sei o que me espera. Sei, contudo, que a luz de Deus existe, que Ele ressuscitou, que a sua luz é mais forte do que qualquer escuridão, que a bondade de Deus é mais forte do que todo o mal deste mundo. E isso ajuda-me a prosseguir com confiança. Isso ajuda-nos a avançar, e nesta hora agradeço a todos aqueles que sempre me fizeram perceber o ‘sim’ de Deus através da sua fé”.
Bento XVI aludiu ao facto de ter nascido num Sábado Santo, no qual foi batizado, um dia de “silêncio de Deus, de aparente ausência”, antes da festa da ressurreição.
“Ao nascimento é associado o renascimento, a certeza de que é, de facto, um bem que existamos, porque a promessa é mais forte do que as ameaças”, referiu.
O Papa revelou ainda a sua ligação particular a dois santos, nascidos em França, e que morreram a 16 de abril: Bernadette Soubirous (1844–1879), a vidente de Lourdes, e Benoît-Joseph Labre (1748-1783), que apresentou como um “santo europeu”, que se dedicou à pregação itinerante.

Mãe de Deus, o reflexo da bondade e da beleza de Deus

Santa Bernadete, a vidente de Lourdes, e São Bento José Labre, um santo do século XVIII conhecido como o “mendigo peregrino" foram dois santos que o inspiraram na sua juventude. O que Bento XVI mais admira em Santa Bernadete é a capacidade de ver na Mãe de Deus o reflexo da bondade e da beleza de Deus.
(foto da visita à Alemanha 2011)

“Hoje é o dia desta pequena Santa que sempre foi um modelo para mim, um modelo de como devemos ser. De facto, mesmo com todas as coisas que devemos saber e fazer, e que são necessárias, não devemos perder o coração simples, o olhar simples de um coração capaz de ver o essencial”, afirmou. Santa Bernadete, disse ainda o Santo Padre, entendia aquilo que Nossa Senhora indicava: a fonte de água viva e pura. Esta água é imagem “da verdade que vem ao encontro da fé, verdade sem disfarces ou contaminação. Porque para podermos viver, para nos tornarmos puros, é necessário nascer no nosso coração a saudade pela vida pura, pela verdade. Neste nosso tempo, no qual vemos o mundo com tantos problemas e com grande necessidade de água, de água pura, este sinal é ainda maior. De Maria, da Mãe do Senhor, do Seu coração puro, vem também a água pura, sem contaminação, que dá a vida, água que neste século, e nos séculos que possam vir, nos purifica e nos cura.

Fonte: Radio Vaticano


Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...