A Igreja celebrou ontem o dia do Sagrado Coração de Jesus e celebra hoje o dia do Coração Imaculado de Maria. Dois corações num só. Dois corações a pulsar em uníssono, afinados pelo mesmo amor a Deus e aos homens. O Coração de Jesus bateu dentro do Coração de Maria e Maria ouviu o coração de seu filho palpitar no seu seio virginal, acertando o seu Coração pelo D’Ele e desejando que façamos o mesmo.
Esta devoção começa já no Evangelho, pois “Maria meditava tudo no seu coração”. Mas esta devoção e sobretudo a sua celebração litúrgica teve grande impulso com São João Eudes, (sacerdote francês que viveu no século XVII), que já celebrava com os seus religiosos o Coração de Maria. Posteriormente outros santos cultivaram e propagaram tal devoção e celebração, sobretudo Santo António Maria Claret (Bispo espanhol do século XIX) que pode ser considerado precursor cordimariano de Fátima e que por isso tem a sua estátua colocada no interior da basílica.
Com as aparições de Fátima dá-se uma grande explosão desta devoção. O cardeal Cerejeira afirmou que “a missão especial de Fátima é a difusão no mundo do culto ao Imaculado Coração de Maria”. O mesmo prelado centrava a mensagem de Fátima na “manifestação do Coração Imaculado de Maria ao mundo actual, para o salvar”.
Maria afirmou em Fátima, a 13 de Junho, que “Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.
Nas aparições de Fátima e posteriormente a Lúcia, o Coração de Maria manifesta-se como “refúgio e caminho” que conduzirá a Deus.
Deste espírito reparador, por vontade de Maria expressa a Lúcia, surgiu a devoção da comunhão nos cinco primeiros sábados, melhor em todos os primeiros sábados.
Como propósitos a devoção ao Imaculado Coração de Maria propõe:
Consagrar-se e consagrar a família e o mundo ao Coração de Maria. Reparar, particularmente através da comunhão, tanta ofensa a esse Coração e viver e propagar a devoção ao Coração de Maria para que o mundo tenha mais amor e mais paz.
“Mas a Igreja guarda também a fé recebida de Cristo: a exemplo de Maria, que guardava e meditava no seu coração tudo o que dizia respeito ao seu divino Filho, ela está empenhada em guardar a Palavra de Deus, apurando as suas riquezas com discernimento e prudência, para dar sempre da mesma, ao longo dos tempos, testemunho fiel a todos os homens.” (Excerto da encíclica Redemptoris Mater do Papa João Paulo II de 25 de Março de 1987).
Fonte: Santos ao ritmo da Liturgia de José H. Barros de Oliveira, da Editora Paulus.
Fami e Paulo
Sem comentários:
Enviar um comentário