“Também eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.”
«Saulo, Saulo, porque Me persegues?» Saulo perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» A voz respondeu: «Eu sou Jesus a quem tu persegues”.
Hoje, 29 de Junho a Igreja celebra na mesma solenidade os Apóstolos São Pedro e São Paulo, as duas grandes colunas onde assenta todo o “edifício” da Igreja. Pedro pescador da Galileia, irmão de André, foi escolhido por Jesus Cristo como chefe dos Doze Apóstolos, constituído por Ele como pedra fundamental da Sua Igreja e Cabeça do Corpo Místico. Foi o primeiro representante de Jesus sobre a terra.
São Paulo, nascido em Tarso, na Cilícia, duma família judaica, não pertenceu ao número daqueles que, desde o princípio, conviveram com Jesus. Perseguidor dos cristãos, converte-se, pelo ano 36, a caminho de Damasco, tornando-se desde então, Apóstolo apaixonado de Cristo. Ao longo de 30 anos, anunciará o Senhor Jesus, fundando numerosas Igrejas e consolidando na fé, com as suas Cartas, as jovens cristandades. Foi o promotor da expansão missionária, abrindo a Igreja às dimensões do mundo.
Figuras muito diferentes pelo temperamento e pela cultura, viveram contudo, sempre irmanados pela mesma fé e pelo mesmo amor a Cristo. São Pedro, na sua maravilhosa profissão de fé, exclamava: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. E no seu amor pelo Mestre, dizia: “Senhor, Tu sabes que eu Te amo”.
São Paulo, por seu lado afirmava: “Eu sei em quem creio”, ao mesmo tempo que exprimia assim o seu amor: “A minha vida é Cristo”!
Depois de ambos terem suportado toda a espécie de perseguições, foram martirizados em Roma, durante a perseguição de Nero. Regando, com o seu sangue, no mesmo terreno, “plantaram” a Igreja de Deus.
Após 2000 anos, continuam a ser “nossos pais na fé”. Honrando a sua memória, celebremos o mistério da Igreja fundada sobre os Apóstolos.
São Paulo é sem dúvida, uma das maiores personalidades do Cristianismo. Chamado por Cristo a ser Apóstolo, empenhou-se sem descanso no anúncio da mensagem dos Evangelhos. Suas viagens missionárias contribuíram decisivamente para a expansão da Igreja no Império Romano.
O nosso Pai e Fundador, Padre José Kentenich, acreditava na actualidade da mensagem Paulina. Inspirou-se no anúncio do Apóstolo das Nações para elaborar os temas fundamentais de sua espiritualidade. Deixou-se instruir e formar na escola de Paulo, ensinando outros a fazerem o mesmo, como indicam frequentes expressões que usava, como por exemplo: “frequentar a escola de Paulo”, “estudar Paulo”, “aprender com Paulo”, ou ainda “Paulo, o nosso mestre”.
Do livro da autoria de Peter Wolf, com o título “Na escola do Apóstolo Paulo”, que contém textos escolhidos do Padre Kentenich, escolhemos as seguintes passagens:
“Se perguntássemos a São Paulo qual era a sua missão, ele diria: foi-me confiada a missão de anunciar ao mundo o mistério de Cristo, de Cristo Redentor, de Cristo Mediador, de Cristo Cabeça do Corpo Místico. Agora perguntamos, espontaneamente, que missão me foi confiada a mim, há 73 anos.
Lançando um olhar a São Paulo, posso dizer: minha missão foi e é anunciar ao mundo o mistério de Maria! Minha tarefa é anunciar a Mãe de Deus, revelá-la ao nosso tempo como Auxiliar permanente de Jesus em toda a obra da Redenção, como Co-redentora e Medianeira de Graças. A Mãe de Deus, com a missão específica que tem para os tempos de hoje, a partir de seu Santuário e profundamente unida a Jesus, na união dos dois!”
“Gostam de falar de missão, de consciência de missão. Na verdade, estou muito grato por estarem tão pronunciadamente marcadas por esta ideia. É o espírito Paulino. Se lerem as confissões do Apóstolo Paulo, verão que ele não se cansa de repetir: missus sum, fui enviado. Não se refere às suas capacidades, nem à sua instrução, nem ao facto de ter cursado escolas superiores, de ter feito muitas experiências. Seu único esteio é a consciência de missão: missus sum – fui enviado.”
Fontes: Secretariado Nacional da Liturgia e Livro “Na Escola do Apóstolo Paulo” da autoria de Pedro Wolf.
Fami e Paulo
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