quinta-feira, 3 de junho de 2010

Dia do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpo de Deus)



Celebra-se hoje o dia do Corpo de Deus. Corpus Christi é a expressão latina que significa Corpo de Cristo e pretende-se com esta solenidade celebrar a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.
Esta festa é realizada sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que por sua vez é celebrado no domingo imediatamente a seguir ao Pentecostes.
Este feriado é considerado dia santo de guarda e por isso para os cristãos tem a mesma importância do que o domingo, sendo portanto obrigatório assistir à missa.
O Código de Direito Canónico, no seu cânone 944, determina aos Bispos diocesanos para onde for possível realizarem uma procissão pelas vias públicas, para “testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente nesta solenidade do Corpo e Sangue de Cristo”.
O cortejo processional da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo prolonga a Eucaristia: logo depois da missa, a hóstia nela consagrada é levada para fora do espaço celebrativo, a fim de que os fiéis dêem testemunho público de fé e veneração ao Santíssimo Sacramento.
A Igreja acredita que o Santíssimo Sacramento, ao passar no meio das cidades, promove expressões de amor e agradecimento por parte dos fiéis, sendo também para fonte de bênçãos.
À semelhança das procissões eucarísticas, a festa do "Corpus Christi" termina geralmente com a bênção do Santíssimo Sacramento.
A origem desta solenidade remonta ao século XIII. A Igreja Católica sentiu a necessidade de relevar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. Esta festa foi instituída pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus” de 11 de Agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade.
O Papa Urbano IV foi o cónego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado com dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sanguíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo. Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a Igreja, os objectos milagrosos foram para Oviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corpo Eucarístico. A 11 de Agosto de 1264, o Papa lançou de Oviedo para o mundo católico através da bula Transiturus, o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.
Em Portugal esta solenidade começou a ser celebrada desde 1282, por ordem do Rei D. Dinis.

Sobre esta solenidade disse em 14 de Junho de 2001, o Papa João Paulo II:
“Hoje a Igreja mostra ao mundo o Corpus Domini, o Corpo de Cristo. E convida-nos a adorá-Lo: Venite adoremus, Vinde adoremos!
O olhar dos crentes concentra-se no Sacramento, em que Cristo se deu totalmente a si mesmo: Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Por isso foi sempre considerado o mais Santo: o “Santíssimo Sacramento”, memorial vivo do Sacrifício redentor.
Voltamos, na solenidade do Corpus Domini, àquela “Quinta Feira” a que todos chamamos “santa”, na qual o Redentor celebrou a sua última Páscoa com os discípulos: foi a última Ceia, cumprimento da ceia pascal hebraica e inauguração do rito eucarístico.
Por isso a Igreja, desde há séculos, escolheu uma quinta-feira para a solenidade do Corpus Domini, festa de adoração, de contemplação e de exaltação. Festa em que o Povo de Deus se reúne à volta do tesouro mais precioso herdado de Cristo, o Sacramento da sua própria Presença e O louva, canta e leva em procissão pelas ruas da cidade.”
Fami e Paulo

Fonte: Foi consultado um texto da Wikipédia. Foto do Google.

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