quarta-feira, 2 de junho de 2010

Bento XVI e a música clássica


Estava a ler o livro da jornalista Aura Miguel “As razões de Bento XVI”, quando quase no final uma passagem chamou mais a minha atenção.
Li-a em voz alta à Fami e decidimos colocá-la no blog. Porquê? Sugerimos que a leiam e depois por certo chegarão à mesma conclusão que nós chegámos.
A passagem em questão tem a ver com a paixão que o Santo Padre tem pela música clássica.

“Desde que ocupa a Cadeira de Pedro, Ratzinger também assiste a alguns concertos. É com frequência que as grandes orquestras e intérpretes mundiais se deslocam ao Vaticano para tocar em honra do Papa. Numa dessas ocasiões, Bento XVI fez um discurso de agradecimento revelador da sua pessoa, ou seja, de um teólogo e de um músico que também é Papa:
“Tocar em conjunto, como solistas, exige de cada indíviduo não apenas o compromisso de todas as suas capacidades técnicas e musicais na execução da sua própria parte mas, ao mesmo tempo, também exige sempre que se saiba retirar na escuta atenta dos outros. Somente se isto se realizar, ou seja, se cada um não se colocar no centro mas, em espírito de serviço, se inserir no conjunto e, por assim dizer, se puser à disposição como “instrumento”, a fim de que o pensamento do compositor possa tornar-se som e assim alcançar o coração dos ouvintes, somente assim é possível ter uma interpretação verdadeiramente grandiosa, como a que acabamos de ouvir. Esta é uma bonita imagem também para nós que, no âmbito da Igreja, nos comprometemos a ser “instrumentos” para comunicar aos homens o pensamento do grande “Compositor”, cuja obra é a harmonia do universo”.”

Mais à frente disse ainda o Papa Bento XVI:

“Nós não somos chamados a pegar na batuta do director e menos ainda, a mudar as melodias a nosso bel-prazer. Contudo, somos chamados, cada qual no seu lugar e com as próprias capacidades, a colaborar com o grande Maestro para a execução da sua grande obra prima. Além disso, durante a execução ser-nos-á concedido compreender gradualmente o grandioso desígnio da partitura divina.”

Achámos neste texto muitos pontos em comum com a pedagogia do Movimento de Schoenstatt e com as orientações que o nosso Pai e Fundador, Padre José Kentenich nos procurou transmitir.
Concordam connosco?
Como curiosidade a orquestra que tocou para o Papa neste dia, 18 de Novembro de2006, foi a Philharmonia Quartett Berlim.

Fami e Paulo

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