quarta-feira, 25 de julho de 2012

Papa Bento XVI sublinha a importância dos Institutos Seculares


Os Institutos seculares alimentem "olhares capazes de futuro e raízes firmes em Cristo" abraçando "com caridade as feridas do mundo e da Igreja": este o desejo expresso pelo Papa na mensagem enviada aos membros dos Institutos Seculares, reunidos em Assis – região italiana da Úmbria – até ao próximo dia 26, num Congresso que tem como tema "À escuta de Deus 'nos sulcos da história': a secularidade fala à consagração". "Homens e mulheres capazes de um olhar profundo e de bom testemunho dentro da história": assim define os consagrados a mensagem a eles enviada pelo Papa através do Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone.
Num tempo como hoje, que "coloca à vida e à fé profundas interrogações", olhando para o Espírito Santo, os consagrados podem seguir a sua vocação, ou seja, "estar no mundo assumindo todos os seus pesos e os seus anseios, com um olhar humano que coincida sempre mais com o olhar divino", escreve o Santo Padre.
Nesse sentido, a identidade dos consagrados revela a sua importante missão na Igreja, isto é, "ajudar a realizar o seu estar no mundo", para que, mediante "a teologia da história - parte essencial da nova evangelização", os homens de hoje possam reencontrar aquele olhar "verdadeiramente livre e pacífico sobre o mundo" de que têm necessidade. Bento XVI sublinha que "a relação entre Igreja e mundo" há-de ser vivida "no signo da reciprocidade": "não é só a Igreja quem dá ao mundo, contribuindo para tornar os homens e a sua história mais humanos; "também o mundo dá à Igreja", de modo que ela possa compreender melhor a si mesma" e "viver melhor a sua missão".


A mensagem indica três âmbitos específicos nos quais os Institutos seculares devem concentrar a atenção. Antes de mais, a "doação total e encontro pessoal com o amor de Deus". Depois, também, "vida espiritual", ponto firme e irrenunciável que implica "reconduzir a Cristo todas as coisas", e que se alimenta na oração e na escuta da Palavra de Deus, para construir esperança e confiança. Por fim, a formação, entendida como educação para "aquela sabedoria que tem sempre consciência da centralidade humana e da grandeza do Criador".
O Papa exorta os Institutos seculares a estarem "disponíveis para construir percursos de bem comum, sem soluções pré-confeccionadas", prontos a arriscar, criativos segundo o Espírito Santo, “abraçando com caridade as feridas do mundo e da Igreja".

Fami e Paulo

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