quinta-feira, 10 de maio de 2012

Surrender



É com muito orgulho e comoção que venho dar testemunho da concretização de um sonho da nossa Família.No ano 2000, realizámos a primeira Peregrinação da Família de Schoenstatt. Éramos apenas cerca de cinquenta pessoas, na grande maioria, adultos. Durante toda a peregrinação pedimos a Nossa Senhora que nos enviasse jovens para a nossa Família. Sonhávamos com a formação de uma juventude que pudesse ser uma força dentro da Igreja de Portugal. Hoje, após doze anos, pelo que vi, ouvi, senti e vivi nesta décima segunda peregrinação, posso confirmar que esse sonho foi tornado realidade. 420 pessoas foram totalmente conduzidas por um grupo de jovens (casais e namorados) que nos encantaram com a sua capacidade de organização, a sua simpatia, disponibilidade e, principalmente, a sua profundidade e entrega. Que MARAVILHA! Nossa Senhora tomou muito a sério o nosso pedido e, com certeza, está muito alegre com o resultado.
Em cada dia, explorámos uma das graças presentes nos Santuários de Schoenstatt: no primeiro, o acolhimento; no segundo, a transformação; no terceiro, o envio.
Partimos do nosso Santuário de Schoenstatt rumo ao Santuário de Fátima. De Santuário a Santuário queremos ser santuários vivos. Santuário(s) Alive era o tema e o objectivo foi conseguido: fomos Igreja. Naqueles três dias foi-nos possível viver como os primeiros cristãos, num clima de harmonia, generosidade, entrega, alegria, onde a presença do Espírito Santo e de Maria foi muito forte. Foi a graça do acolhimento.
O caminho escolhido tornou-nos, sem dúvida, mais contemplativos, mais espirituais: começar com a celebração da Eucaristia na Praia dos Salgados, naquele areal fantástico, deserto, com a imensidão do mar como pano de fundo, eleva o espírito (mesmo ao mais comum dos mortais). Caminhar pelo meio do campo, contemplando a natureza, ora em silêncio, ora rezando juntos, ora cantando, ora conversando, encheu-nos a alma de paz, fez-nos sentir melhor a presença de Deus e despertou em nós o desejo de sermos melhores. Foi a graça da transformação.
Este ano, muita gente participou pela primeira vez nesta peregrinação, mas tenho a certeza que, sendo a primeira ou a décima segunda vez, qualquer um de nós acabou por dizer: “Surrender”.Sim, ficámos rendidos à presença tão forte de Maria e de Deus no nosso caminho. E esta força deu-nos uma vontade enorme de ir para o meio do mundo testemunhar todas estas maravilhas… Foi a graça do envio.

Vera Saldanha

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