“O Espírito Santo encheu a terra inteira.
Ele, que abrange o universo, conhece toda a palavra.”
(Livro da Sabedoria, 1,7)
Pentecostes (o quinquagésimo dia) é uma das celebrações importantes do calendário cristão e comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo.
De harmonia com a promessa de Jesus, o Espírito Santo, manifestando a Sua presença sob os sinais sensíveis do vento e do fogo, desce sobre os Apóstolos, transforma-os totalmente e consagra-os para a missão, que Jesus lhes confiara.
Com este Baptismo no Espírito Santo, nascia assim, oficialmente a Igreja. Nesse dia, homens separados por línguas, culturas, raças e nações, começaram a reunir-se no grande Povo de Deus, num movimento que só terminará com a vinda final de Jesus.
O Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa e no décimo dia após a Ascensão.
O Pentecostes é historicamente ligado à festa judaica das colheitas, que celebra a entrega dos Dez Mandamentos no Monte Sinai, cinquenta dias após o Êxodo do Egipto.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João:
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».
Espírito Santo é o nome próprio Daquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho. A Igreja recebeu este nome do Senhor e professa-o no Baptismo dos seus novos filhos. O termo”Espírito” traduz a palavra hebraica “Ruah” que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar ou vento. Jesus utilizou precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente Daquele que é precisamente o Sopro de Deus, o Espírito Santo.
O Espírito Santo pode ser representado por vários símbolos, entre os quais se destacam:
Água, fogo, nuvem, luz e a pomba.
O Espírito Santo tem sete dons:
A Sabedoria, o Entendimento, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade e o Temor a Deus.
Sobre o Espírito Santo disse o Papa Bento XVI na celebração das vésperas com movimentos eclesiais e novas comunidades em 03 de Junho de 2006:
“Nesta Vigília de Pentecostes, nós perguntamo-nos: quem ou o que é o Espírito Santo? Como podemos reconhecê-lo? De que modo vamos a Ele e Ele vem a nós? O que realiza?
Uma primeira resposta recebemo-la do grande hino pentecostal da Igreja, com o qual começamos as Vésperas: “Vem, Espírito Criador …”. Aqui o hino refere-se aos primeiros versículos da Biblía que, com o recurso a imagens, exprimem a criação do universo. Ali afirma-se, sobretudo que acima do caos, sobre as águas do abismo, pairava o Espírito de Deus. O mundo em que vivemos é obra do Espírito do Criador. O Pentecostes não é apenas a origem da Igreja e por isso, de modo especial, a sua festa. O Pentecostes é também uma festa da criação. O mundo não existe por si mesmo, provém do Espírito criativo de Deus, da Palavra criadora de Deus.”
Na homilia de Pentecostes em 4 de Junho de 2006, disse o Santo Padre Bento XVI:
O Espírito Santo, ao contrário, torna os corações capazes de compreender as línguas de todos, porque restabelece a ponte da comunicação autêntica entre a Terra e o Céu. O Espírito Santo é Amor. Mas como entrar no mistério do Espírito Santo, como compreender o segredo do Amor? A página evangélica conduz-nos hoje ao Cenáculo onde, tendo terminado a última Ceia, um sentido de desorientação entristece os Apóstolos. A razão é que as palavras de Jesus suscitam interrogativos preocupantes: Ele fala do ódio do mundo para com Ele e para com os seus, fala de uma sua misteriosa partida e há muitas outras coisas ainda para dizer, mas no momento os Apóstolos não são capazes de carrregar o seu peso (cf. Jo 16, 12). Para os confortar explica o significado do seu afastamento: irá mas voltará; entretanto não os abandonará, não os deixará órfãos. Enviará o Consolador, o Espírito do Pai, e será o Espírito que dará a conhecer que a obra de Cristo é obra de amor: amor d'Ele que se ofereceu, amor do Pai que o concedeu. É este o mistério do Pentecostes: o Espírito Santo ilumina o espírito humano e, revelando Cristo crucificado e ressuscitado, indica o caminho para se tornar mais semelhantes a Ele, isto é, ser "expressão e instrumento do amor que d'Ele promana".
Reunida com Maria, como na sua origem, a Igreja hoje reza: "Veni Sancte Spiritus! Vem, Espírito Santo, enche os corações dos teus fiéis e acende neles o fogo do teu amor!".
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e proclamavam as maravilhas de Deus. Aleluia.
Fontes: Catecismo da Igreja Católica, Secretariado Nacional da Liturgia e Wikipédia.
Foto: Imagens do Google
Fami e Paulo
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