“Homens da Galileia, porque estais a olhar para o céu?
Como vistes Jesus subir ao céu, assim há-de vir na sua glória. Aleluia.”
(Actos dos Apóstolos, 1, 11)
A Igreja celebra hoje uma festa muito importante da liturgia que é a Ascensão de Jesus Cristo.
Evangelho segundo São Lucas:
“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejam revestidos com a força do alto.” Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e erguendo as mãos, abençoou-os.
Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao céu. Eles prostraram-se diante de Jesus e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.”
Depois da Ascensão, Jesus deixa de estar visivelmente presente num determinado lugar da terra. No entanto, Ele que permanece eternamente vivo “depois da Sua Paixão”, continuará sempre presente no meio de nós. A Ascensão inaugura o tempo da Igreja, na qual, de futuro, o céu e a terra se vão encontrar.
Na Igreja, embora não O vejamos fisicamente, temos a possibilidade de viver de Cristo e com Cristo. Na Igreja, pelos seus apóstolos, testemunhas da Ressurreição, anunciadores do perdão e da vida divina, portadores da força do Espírito Santo, Jesus continua hoje a Sua obra de Salvação.
Doravante, Cristo está sentado à direita do Pai: “por direita do Pai, entendemos a glória e a honra da divindade, em cujo seio Aquele que, antes de todos os séculos, existia como Filho de Deus, como Deus e consubstancial ao Pai, tomou assento corporalmente desde que encarnou e o seu corpo foi glorificado.”
A propósito do dia da Ascensão do Senhor, disse o Papa Bento XVI, em 24 de Maio de 2009, numa missa celebrada em Cassino (Itália):
“Caros irmãos e irmãs, a índole histórica do mistério da Ressurreição e da Ascensão de Cristo, ajuda-nos a reconhecer e a compreender a condição transcendente da Igreja, que não nasceu e não vive para suprir à ausência do seu Senhor “desaparecido”, mas sobretudo encontra a razão do seu ser e da sua missão na presença permanente embora indivisível de Jesus, uma presença que actua através do poder do seu Espírito. Com outros termos, poderíamos dizer que a Igreja não desempenha a função de preparar a vinda de um Jesus “ausente” mas, ao contrário, vive e age para proclamar a sua “presença gloriosa” de maneira histórica e existencial. Desde o dia da Ascensão, cada comunidade cristã progride no seu itinerário terreno rumo ao cumprimento das promessas messiânicas, alimentada pela Palavra de Deus, alimentada pelo Corpo e Sangue do seu Senhor. Esta é a condição da Igreja – recorda o Concílio Vaticano II – enquanto “continua o seu peregrinar entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha.”
Resumindo:
A ascensão de Cristo, marca a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, de onde há-de voltar, mas que, entretanto, O oculta aos olhos dos homens.
Jesus Cristo, cabeça da Igreja, precede-nos no Reino glorioso do Pai, para que nós, membros do seu corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele.
Jesus Cristo, tendo entrado uma vez por todas, no santuário dos céus, intercede incessantemente por nós, como mediador que nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo.
Finalizamos com frase do Evangelho de São Mateus:
Disse Jesus: “Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.”
Fontes: Secretariado Nacional de Liturgia e Catecismo da Igreja Católica.
Fami e Paulo
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