Neste Domingo em que se celebra o Dia da Mãe, vamos recordar um pouco da história deste dia.
As primeiras referências surgem na Grécia Antiga, em que na mitologia grega se celebrava uma festa em honra de Rhea, a mãe dos deuses e em que simultaneamente se comemorava a chegada da Primavera.
Mais tarde no século XVII, em Inglaterra era celebrado o “Mothering Day”, no quarto domingo da Quaresma. Neste dia as operárias inglesas tinham folga e podiam assim visitar e passar o dia com as suas mães. Desta época, nasceu um bolo denominado “mothering cake” (bolo da mãe), que as filhas ofereciam às mães para tornar o dia um pouco mais doce.
Nos princípios do século XX, mais precisamente em 1905, nos Estados Unidos, Anne Jarvis para superar uma grande depressão motivada pelo falecimento da sua mãe e com a ajuda das amigas, resolve criar uma festa em honra de todas as mães, conseguindo à posteriori que em 1914 o Presidente Wilson, tenha institucionalizado esta festa, dedicando-lhe o 2º domingo de Maio.
Em Portugal, ainda não há muitos anos, esta festa era celebrada no dia 8 de Dezembro, em conjunto com a festa da Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Jesus. Actualmente e desde algum tempo, o Dia da Mãe celebra-se no 1º domingo de Maio.
Sobre as mães nunca está tudo dito, apesar de tudo o que se escreve e se reflecte sobre este tema. Existe no entanto, uma palavra que nunca está deslocada quando cada um de nós fala da sua mãe. Uma palavra bem simples, mas carregada de sentimento e que por vezes anda um pouco esquecida no nosso vocabulário, mesmo até como filhos. Essa palavra é: obrigado (a).
Obrigado (a) por nos ter acolhido no seu ventre e aceite como um dom, um presente, de vida e para a vida.
Obrigado (a) por tantas e tantas renúncias que fez e faz cada mãe para que nada nos falte, mesmo com imenso sacrifício pessoal.
Obrigado (a) por ter passado tantos dias e noites ocupadas connosco: em bebés, jovens e mesmo por vezes já adultos.
Obrigado (a) por toda a atenção, escuta e entrega, minuto a minuto, hora a hora ou dia a dia, sem olhar aos nossos defeitos ou imperfeições.
Obrigado (a), por tudo e por sempre a cada mãe, ainda viva ou já do outro lado da vida, dá e continuará a dar a cada filho.
Se cada um pode dizer obrigado à sua mãe neste dia, todos devemos estender esse cumprimento à nossa Mãe do Céu, que também olha por nós e nos conduz sempre da melhor maneira, para evitarmos “maus caminhos”.
“Na tua vida, Mãe, vemos fluir
O ardor da fé,
Da esperança
E da caridade.
Faz que o esplendor desta tríplice constelação
Penetre a noite escura da nossa vida.
Com o teu Filho, implora ao Pai
Que só Deus
Reino no trono do nosso coração.”
(Oração de introdução do “Rumo ao Céu”, para o Rosário do Instrumento).
O papel de Maria na Igreja, adquiriu maior importância após o Concílio Vaticano II, onde foi declarada como Mãe de Deus, de Cristo e dos Homens, especialmente dos fiéis.
Dos documentos do Concílio, retorámos este pequeno excerto da Constituição Lumen Gentium, onde é explicado isso mesmo:
“Por isso, o sagrado Concílio, ao expor a doutrina acerca da Igreja, na qual o divino Redentor realiza a salvação, pretende esclarecer cuidadosamente não só o papel da Virgem Santíssima no mistério do Verbo encarnado e do Corpo místico, mas também os deveres dos homens resgatados para com a Mãe de Deus, Mãe de Cristo e Mãe dos homens, sobretudo dos fiéis. Não tem, contudo, intenção de propor toda a doutrina acerca de Maria, nem de dirimir as questões ainda não totalmente esclarecidas pelos teólogos. Conservam, por isso, os seus direitos as opiniões que nas escolas católicas livremente se propõem acerca daquela que na santa Igreja ocupa depois de Cristo o lugar mais elevado e também o mais próximo de nós.”
Também o Papa João Paulo II, publicou em 25 de Março de 1987, uma encíclica com o nome “Redemptoris Mater” em que fala sobre “A Bem Aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho”.
Desta encíclica retirámos a seguinte frase, que espelha bem a importância de Maria na Igreja:
“A Igreja mantém, em toda a sua vida, uma ligação com a Mãe de Deus que abraça, no mistério salvifíco, o passado, o presente e o futuro e venera-a como Mãe espiritual da humanidade e Advogada na ordem da graça.”
Um feliz e abençoada dia para todas as mães!
Para a Mãe do Céu, deixamos uma pequena oração, com o pedido de muitas bênçãos:
Confio em teu poder e em tua bondade
Em ti confio com filialidade
Confio cegamente em toda a situação
Mãe, no teu filho e em tua protecção.
Fami e Paulo
Nota: Para a elaboração deste trabalho foram consultados trabalhos publicados no site www.agencia.ecclesia.pt da autoria de: Associção Portuguesa de Famílias numerosas e Carlos Aguiar Gomes.
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