domingo, 4 de abril de 2010

RESSUSCITOU! ALELUIA!

“Tudo é possível a quem crê”, pois Cristo ressuscitou! Aleluia!
O sepulcro está vazio, as ligaduras no chão e o sudário enrolado à parte, diz-nos São João no Evangelho de hoje. Para chegar ao sepulcro, também nós fomos convidados a viver dois momentos de profunda espiritualidade, de uma beleza extraordinária:
Acolhemos Jesus no mistério do amor e serviço, na Quinta-Feira Santa. Contemplamos o Rosto de Deus Pai, em Jesus na Eucaristia e nos nossos irmãos quando, como Jesus, nos ajoelhamos diante deles para lhes “lavar os pés”.
Adoramos o Senhor crucificado. Aí na Cruz, encontramo-nos a nós mesmos, confrontando-nos com as nossas misérias, as nossas dores e sofrimentos. Foi aí que percebemos a grandeza do Amor que se entregou por nós. Foi aí que encontramos sentido para a nossa vida, também ela, por vezes, carregada de sofrimento. Não fugimos como Pedro e tantos outros, mas ficamos de pé, ao lado de Jesus na Cruz, qual Maria, a Mãe Dolorosa e o discípulo predilecto.
Sem passar por estes dois momentos, nunca poderíamos estar a cantar agora Aleluia! Cristo ressuscitou!
Aquele mesmo que permaneceu de pé, junto com Maria, chegou primeiro ao sepulcro. Quando entrou, “viu e acreditou”. O Evangelista não lhe atribui um nome a este discípulo, apenas o refere como “o outro discípulo”. É opinião geral de que se trata do evangelista João, “o discípulo que Jesus amava” e que tem certamente um significado simbólico para nós.
Sabemos que está relacionado com Pedro, que permanece com o Mestre durante a Paixão, acompanha-O até ao Calvário enquanto que Pedro foge. Na corrida até ao sepulcro também chega primeiro. É o vencedor da corrida espiritual porque também é o primeiro que começa a acreditar. É um caminho maravilhoso, este que o discípulo sem nome faz.
Hoje, quando cantamos “Aleluia”, significa que também começamos a acreditar no sepulcro vazio, por isso somos convidados a percorrer o mesmo caminho. O discípulo sem nome é cada um de nós hoje. É todo aquele que quer compreender o que deve fazer para ser como Jesus quer, pois a vida não termina na morte, mas abre-se para a plenitude da vida em Deus, porque “tudo é possível a quem crê”.
Este caminho espiritual do discípulo foi o que Nossa Senhora percorreu em todos os momentos. Que Ela guie os nossos passos neste caminho e dê fortaleza à nossa fé. Uma Santa Páscoa.
Pe. Carlos Alberto Pereira de Sousa
(Padres de Schoenstatt)

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