Inicio da celebração junto ao Santuário
A
narração da entrada de Jesus em Jerusalém reflecte evidentemente um
acontecimento real, mas a forma como está apresentada está ligada a certos
textos do Antigo Testamento e especialmente à profecia de Zacarias que
constitui o seu fundo.
Procissão entre o Santuário e o Salão onde se celebrou a Eucaristia
Para o velho profeta (Zc 14,4), a aparição escatológica de Deus dar-se-ia
precisamente sobre o Monte das Oliveiras, mas a imagem do Messias que apresenta
é insólita: «Exulta, filha de Sião, rejubila, filha de Jerusalém! Eis que vem o
teu rei. Ele é justo vitorioso, humilde, cavalga um jumento, filho de jumenta.
Fará desaparecer os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, o arco de
guerra será quebrado, anunciará a paz às gentes (Zc 9,9-10).
Benção dos ramos
Não é, pois, de admirar que a entrada de Jesus não causasse perturbação entre
as autoridades, tendo em conta o modo humilde como se apresenta. Até o animal
em que vem montado não lhe pertence, mas é emprestado. Porém, apesar da atitude
pacífica e humilde, Jesus não renuncia à dignidade messiânica. O evangelista
fá-lo notar com as exclamações da multidão: Bendito o reino que vem, o reino do
nosso pai David!
Tudo acontece como Jesus tinha dito, palavra por palavra: os discípulos
encontraram o jumentinho, os proprietários fazem exactamente a pergunta que
Jesus tinha previsto e a resposta será tal como ele tinha anunciado. A palavra
de Jesus realiza-se à letra. Esta é a característica dos profetas e o sinal de
que foram enviados por Deus.
Procissão a caminho do salão
Este profeta é Rei: fazem sentar Jesus, é entronizado, desenrolam diante da
caminhada o tapete dos mantos. Senta-se sobre os mantos dos servos solícitos.
Como qualquer rei, deve ter uma montada que nunca tenha antes servido para
outros, pois o rei deve ser o primeiro em tudo.
Mas este rei não é um senhor da guerra. O seu império não assenta sobre armas:
suprimirá os carros e os cavalos de guerra. É para a paz que convocará as
nações. Este Rei justo com a sua humildade conquistará os povos. É o servo
humilhado que se prepara para sofrer a violência que ele rejeita. Bem depressa
será o primeiro Rei cujo trono será uma cruz. É assim que se tornará o príncipe
da paz. Por isso começa a ser cantado pelos homens o hino angélico do
nascimento: «Paz no Céu e glória no mais alto dos céus!».
A Juventude Feminina de Schoenstatt animou a Eucaristia com os seus cânticos
Nota: O texto apresentado foi retirado do site da Diocese de Aveiro. É uma explicação da liturgia deste dia, elaborada pelo Padre Franclim Pacheco.
Fami e Paulo
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