Vídeo realizado para a Jornada Nacional de Dirigentes de Schoenstatt, no México.
1914
Na Capelinha de São
Miguel, no vale de Schoenstatt, em Valendar junto ao Reno, a 18 de Outubro de
1914, o Padre José Kentenich fez uma conferência à Congregação Mariana do
Seminário de Schoenstatt, em que revelou uma “secreta ideia predilecta”. A
“ideia predilecta”, que ele considerou “quase demasiado ousada para o público,
mas não demasiado audaz” para a pequena comunidade da Congregação, era na sua
essência a seguinte: “Não seria possível que a Capelinha da nossa Congregação
chegue a ser ao mesmo tempo o nosso Tabor, onde se manifeste a glória de Maria?
Acção apostólica maior não poderia sem dúvida realizar, nem aos nossos
vindouros, herança mais preciosa legar, do que mover Nossa Senhora e Soberana a
estabelecer aqui dum modo especial o seu trono, para distribuir os seus
tesouros e operar milagres de graça”.
Com estas palavras o
Padre Kentenich apresentou aos jovens membros da Congregação o programa de
oração e sacrifício “para fazer suave violência” à Mãe de Deus, a fim de que
Ela se digne eleger a Capelinha de São Miguel como seu lugar de graças, origem
e centro de um Movimento de Renovação e de Educação religioso-moral.
Como chegou o Padre
Kentenich a esta ideia? Nela influíram a sua fé convicta e um facto concreto. A
sua fé convicta dizia que a missão e a acção da Mãe de Deus não terminaram com
a sua vida terrena, mas continuam até ao fim dos tempos. Mesmo após a sua
passagem para a Santíssima Trindade, Maria continua, na sua qualidade de
“companheira e colaboradora permanente de Cristo em toda a Obra da Redenção”,
como mais tarde o Padre Kentenich viria a designá-la, a participar activamente
com toda a sua pessoa e poder de intercessão na Obra Salvífica do seu divino
Filho. Como a História da Igreja o demonstra Ela desenvolve a sua acção, de
preferência, em lugares por Ela escolhidos como seus lugares de graças, e por
meio de pessoas, que instrumentalmente se põem à sua disposição.
O facto concreto foi a
fundação do lugar de peregrinação Valle di Pompei, em Itália, da qual o Padre
Kentenich teve conhecimento pormenorizado no Verão de 1914. Se a fé e o
sacrifício do advogado Bartolo Longo moveram a Mãe de Deus a fazer de Valle di
Pompei um lugar da sua particular acção, não poderia suceder outro tanto em
Schoenstatt, se surgissem pessoas animadas duma atitude abnegada e apostólica
semelhante?
A “ideia predilecta”
ateou-se nos corações dos congregados. Eles viram nela não uma ideia meramente
humana, mas uma iniciativa da própria Mãe de Deus, que Maria lhes comunicou por
meio do Padre Kentenich. Pela Consagração de congregados e sob a orientação do
Padre Kentenich eles tomaram a iniciativa, puseram-se ao serviço da Mãe de Deus
e, pela auto-educação na vida diária, entregaram-se por completo à
concretização dessa “ideia predilecta”.
(texto em www.schoenstatt.pt)
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