segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CMP - "Dia da Aliança" 11/2013

 
"Estamos quase no Natal!” – foi assim que uma criança festejou as férias grandes no mês de Junho. Ainda tão longe no calendário, mas tão perto do coração! Mas como dizem os adultos, o tempo “corre” e já estamos às portas do Advento. Longe vai o tempo em que o Advento tinha uma linguagem popular: preparar o coração para a chegada do Menino-Jesus, conquistar palhinhas para tornar quentinha a manjedoura do nosso coração. Durante as quatro semanas crescia o anseio dentro de nós pela noite de Natal. E lá se juntavam as palhinhas das renúncias, dos sacrifícios, do esforço por ser melhor. E para quê? Para nos libertarmos de tudo o que nos impede de chegar mais perto do Menino. Só tornando-nos humildes e pequenos, interiormente livres, de mãos e coração livres podemos aproximar-nos mais do Menino Jesus deitado na manjedoura para acolher esse Deus que se faz “igual a nós”.
 
 
Lançando um olhar a Nossa Senhora, a Imaculada, cuja festa celebramos no dia oito, vemos a grandeza de uma pessoa que procura Deus com todo o coração, livre até dos próprios desejos para “correr” ao encontro dos desejos de Deus.
O Papa Francisco disse tão lindamente: “Nossa Senhora, assim que recebeu o anúncio que seria mãe de Jesus, e também o anúncio de que a sua prima Isabel estava grávida — como se lê no Evangelho — partiu à pressa; não esperou. Não disse: «Mas agora eu estou grávida, e devo cuidar da minha saúde. A minha prima terá amigas que talvez a ajudem». Ela sentiu algo e «partiu à pressa». É bonito pensar isto de Nossa Senhora, da nossa Mãe que vai à pressa, porque sente algo dentro de si: ajudar (...) E Nossa Senhora é sempre assim. É a nossa Mãe, que vem sempre depressa quando nós precisamos dela. Seria bonito acrescentar às Ladainhas de Nossa Senhora uma que reze assim: «Senhora que vai depressa, ora por nós!». Isto é bonito, verdade? Porque Ela vai sempre à pressa, Ela não se esquece dos seus filhos. E quando os seus filhos se encontram em dificuldade, quando têm alguma necessidade e a invocam, Ela vem à pressa.
 
Uma mãe que espera o seu filho sente a vida a crescer dentro dela e por isso alegra-se, cada dia mais, pela sua chegada, pelo encontro, por ver o seu rosto. Neste Advento não deveria ser semelhante em nós, quando esperamos a vinda de Jesus na nossa alma, no santuário do nosso coração? Não deveríamos viver esse encontro, de tal modo, como se fosse a primeira vez? Não deveríamos preparar a manjedoura no cantinho da nossa casa e no nosso coração com o amor e a ternura de criança? Não esqueçamos que não há Advento sem Maria. Esta é a sua hora!

 
O Papa Francisco lembrou aos jovens no Rio de Janeiro que “uma belíssima expressão da fé do povo é a ‘Hora da Ave Maria’. É uma oração importante; convido a todos a rezá-la com a Ave-Maria. Lembra-nos de um acontecimento luminoso que transformou a história: a Encarnação, o Filho de Deus se fez homem em Jesus de Nazaré.”
 
Rezemos durante este Advento o Angelus com fé e digamos com o Padre Kentenich: “Mãe de Deus, agora é a tua vez!” Chegou a hora de trazeres Jesus novamente à terra, aos nossos corações.
 

Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Novembro 2013)
 

 

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...