sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Padre Kentenich na minha vida - 7


P. Kentenich – o Fundador da Obra de Schoenstatt, que viveu santamente – era dotado de elevados dons do espírito e do coração. Foi teólogo de alta categoria, pedagogo e psicólogo de olhar extraordinariamente profundo, perspicaz e de ampla visão.
Nos depoimentos para o seu processo pro-canonização, um de seus filhos espirituais coloca em evidência o 'seu serviço desinteressado aos outros, unido à sua grande capacidade de empatizar e arte de escutar, de perscrutar, de abrir os corações, como também a infinidade de trabalhos minuciosos que realizou,'. Contudo, a mais bela palavra, que todos os que tiveram oportunidade de conviver mais próximos a ele dizem, é: P. Kentenich foi um Pai.
Quando Felipe pediu ao Salvador: 'Senhor, mostra-nos o Pai', dele recebeu a resposta: 'Felipe, quem me vê, vê também o Pai' (Jo 14,9). Algo semelhante, embora em nível sem medida inferior, nós também podemos dizer do P. Kentenich. Como seu transparente, ele nos tornou o Pai Eterno sumamente sensível.
Uma família americana que, por longos anos, esteve em estreito contacto com ele, testemunha: "Cada um de nós sentia-se profundamente tocado pela dádiva que Deus Pai nos presenteara por esta pessoa que irradia sua bondade paternal e sua compreensão. Através dele pudemos vivenciar o próprio Pai Celestial."
Uma jovem do Movimento de Schoenstatt relata: " Eu tinha o grande desejo de, no dia da Aliança de Amor (18 de Outubro), fazer a minha consagração à Mãe de Deus, como Membro da Juventude Feminina de Schoenstatt. Mas não havia recebido para isto, o consentimento da Dirigente Diocesana do Movimento. Para mim era como se Nossa Senhora não quisesse aceitar minha oferta. Por isso sentia-me muito triste.
Na manhã de 18 de Outubro, encontrei-me com o P. Kentenich, no caminho à Casa de Retiros. Vendo-me, veio ao meu encontro e perguntou-me: 'Mas, o que aconteceu? Um dia tão belo e um rosto tão triste!' Entre lágrimas, contei-lhe tudo o que me oprimia. Ele me escutou com toda a atenção e disse que, então, eu tinha um belo presente para oferecer à Mãe de Deus; eu deveria presentear-lhe este sacrifício. E, em seguida, disse-me: 'Veja como o sol brilha de manhã; como se ele alegra connosco em nosso grande dia de festa! Também deve alegrar-se. Tudo ficará bem!'
Com o propósito de superar minha tristeza, despedi-me. À tarde, encontrei-me novamente com ele. Reconheceu-me logo, veio ao meu encontro e disse-me: 'Assim me agrada muito mais'. E, com grande amor, estendeu-me a mão. Naquele dia 18 de Outubro, ficou gravada em mim uma imagem de Pai, como até então não havia experimentado. Pude vivenciar um pai bondoso que se me afigurou como imagem do Pai Eterno."
Serão tais depoimentos algo exagerados? De modo algum! No P. Kentenich, os homens experimentaram um reflexo do amor de Deus. E, com esta vivência, sentiram-se estimulados a confiar mais intensamente no amor e misericórdia do Pai Celestial.

(Ir. Annette Nailis)

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