domingo, 28 de novembro de 2010

ADVENTO – Preparar a chegada do Senhor!


Este Domingo marca o início do tempo de Advento, um dos denominados “tempos fortes” do ano litúrgico. Com o Advento começa o ano eclesiástico nas Igrejas ocidentais. Durante o tempo do Advento, nós os fiéis, somos chamados a prepararmo-nos condignamente para celebrarmos o aniversário da vinda do Senhor ao mundo, como encarnação do Deus de Amor.
A história do Advento, no Rito Romano, começa no século VI, no sentido de espera jubilosa do Natal e a sua pré-história remonta às Gálias (actual França) e à Espanha dos finais do século IV, como preparação ascética (devoção e meditação religiosa) para o Natal e a Epifania.
No século V o começo do Advento era na festa da Anunciação (18 de Dezembro – hoje a anunciação é comemorada em 19 de Março). Apenas no século X o seu início passou a ser no Domingo, quatro semanas antes do Natal.
O tempo litúrgico de preparação para o Natal começa no Domingo mais próximo da festa de Santo André Apóstolo (30 de Novembro) e abarca os três Domingos seguintes.
Apesar deste tempo ser muito peculiar nas Igrejas do Ocidente, o seu impulso originar provavelmente veio das Igrejas Orientais, onde era comum, depois do Concílio Ecuménico de Éfeso em 431 dedicar sermões nos Domingos anteriores ao Natal, ao tema da Anunciação. Em Ravena, na Itália (onde era grande a influência Oriental), São Pedro Crisóstemo fazia esses sermões.
A primeira referência sobre o Advento é a do Bispo de Tours, França, chamado Perpétuo (461-490) que estabeleceu um jejum antes do Natal, que começava a 11 de Novembro (Dia de São Martinho de Tours). O Concílio de Tours (567) faz menção ao tempo do Advento, costume que então era conhecido como “Quaresma de São Martinho”.
O Advento é hoje celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Na Missa, não se canta o Glória, para que na festa do Natal, os fiéis se unam aos anjos e entoem este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós.
As vestes litúrgicas (casula, estola, etc.) são de cor roxa, bem como o pano que recobre o ambão, como sinal de conversão em preparação para a festa do Natal, com a excepção do terceiro Domingo do Advento (Domingo da Alegria), cuja cor tradicionalmente usada é o rosa, para demonstrar alegria pela vinda do libertador que está próxima.
Ainda neste período, o directório litúrgico orienta que as flores e os instrumentos musicais, sejam usados com moderação, “para que não seja antecipada a plena alegria pelo Natal de Jesus”.
João Batista e Maria são os dois grandes protótipos da existência própria do Advento. Por isso, dominam a liturgia deste período.
O Advento é o tempo da espera. Do alerta. É tempo de estarmos preparados para algo de importante que vai acontecer nas nossas vidas.
É o tempo em que preparamos o Natal, em que Deus vem ao nosso encontro. Este Deus que vem ao nosso encontro, traz-nos a boa e bela notícia de um tempo novo, de uma civilização assente no amor e não na força, um Deus que acredita em nós.

"Irmãos: Vós sabeis em que tempo estamos: Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação está agora mais perto de nós do que quando abraçámos a fé. A noite vai adiantada e o dia está próximo."
(Epístola de São Paulo aos Romanos)

Tempo de Advento – tempo de sermos homens novos, numa nova comunidade.

Fami e Paulo

Nota: Para a elaboração deste trabalho, foram consultados trabalhos dos sites: http://www.agencia.ecclesia.pt/ e http://www.acidigital.com/ e ainda do livro "Rezar no Advento", das Edições Salesianas.

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