terça-feira, 15 de setembro de 2009

Padre Kentenich voltou para o Pai

Túmulo do Padre Kentenich

15 de Setembro de 1968

Este dia em que se iniciam oficialmente as comemorações dos 50 anos de presença do Movimento Apostólico de Schoenstatt em Portugal, Jubileu 2010, tem um outro significado, também muito importante para o Movimento. Neste dia 15 de Setembro, mas do ano de 1968, faleceu o Pai Fundador, o Padre José Kentenich.
Como diz Engelbert Monnerjahn, na sua obra “Padre Kentenich – Uma Vida Pela Igreja”, - ele voltou para o Pai.
É precisamente da obra acima citada, que transcrevemos a descrição dos últimos momentos de vida do Padre Kentenich.
“Pela manhãzinha do dia 15 de Setembro de 1968, o Padre Kentenich dirigiu-se do seu apartamento na Casa de Formação do Monte Schoenstatt para a Igreja da Adoração.
Pela primeira vez ia aí celebrar a santa missa e no final, dar uma conferência às Irmãs da Província Ocidental da Alemanha, no salão situado sob a Igreja. Era domingo e celebrava-se a festa de Nossa Senhora das Dores.
Às 6 h 15 m dirigiu-se o altar. Assistiam-no dois sacerdotes: o Padre José Weigand, Capelão da Casa Mãe das Irmãs de Maria e o Padre Drago Maric, sacerdote carmelita jugoslavo, ordenado recentemente, que nessa ocasião estava hospedado no Monte Schoenstatt. Ambos os sacerdotes ajudaram na distribuição da comunhão. Conforme cálculo do P. Weigand, o Padre Kentenich deve ter dado a comunhão a mais de cem Irmãs. A missa terminou poucos minutos depois das sete da manhã.
De volta à sacristia, convidou os dois sacerdotes a almoçarem com ele.
Entretanto aproximou-se a Irmã sacristã com um pacote de terços e pediu-lhe para os benzer. O Pai Fundador benzeu-os e de seguida colocou as mãos sobre uma mesa existente na sacristia, permanecendo assim uns momentos.
Recorda o Padre Weigand que tiveram a impressão que nesses breves momentos o Pai, fazia a acção de graças pela missa que tinha acabado de celebrar.
De repente o corpo do Padre Kentenich inclinou-se para a frente, procurou apoiar com as mãos, mas não conseguiu. O corpo dobrou-se sobre si e foi caindo.
Os dois sacerdotes que o acompanhavam pegaram-lhe pelos braços e tentaram sentá-lo numa cadeira que a Irmã trouxe rapidamente. Mas o corpo estava tão pesado, que em lugar de o sentarem, os padres tiveram que o deitar de costas no chão, colocando a Irmã uma almofada debaixo da sua cabeça. Quando o Padre Weigand deixou livre o braço esquerdo do Pai, este num gesto espontâneo, colocou a mão no coração.
Respirou ainda uns dois a três minutos.
O Padre Weigand administrou-lhe a extrema-unção e deu-lhe a absolvição geral, enquanto as Irmãs faziam orações e jaculatórias.
Entretanto chegou o médico que tinha sido chamado, auscultou o Padre Kentenich e levantando-se disse: O coração está parado.
O Padre Kentenich estava morto.
Como quase uma premonição uma das leituras desse dia dizia:
“Enquanto tivermos tempo, façamos o bem a todos…” assim exortava São Paulo, os fiéis do seu tempo.”
Assim chegou ao fim a vida daquele que Amou a Igreja e que criou o Movimento de Schoenstatt, permitindo assim que muitas pessoas do mundo inteiro, tivessem a oportunidade de serem católicos, segundo a nova perspectiva “Um Homem novo num Mundo novo”.
Por tudo o que fez em vida, a Igreja abriu em 10 de Fevereiro de 1975, o processo de beatificação do Padre Kentenich, processo esse que ainda decorre.
Vamos aproveitar este Jubileu 2010, para intensificarmos as orações, no sentido de ser atingida a beatificação do nosso Pai Fundador. Por tudo o que fez pela Igreja e pelo Homem, bem o merece.
Terminamos com uma das orações do Pai:

“Confio em teu poder, em tua bondade.
Em ti confio com filialidade.
Confio cegamente em toda a situação,
Mãe, no teu Filho e na tua protecção.”
.
Fami e Paulo

1 comentário:

Anónimo disse...

Da última vez que estive em Schoenstatt tive a graça de ver a Irmã sacristã que acompanhou o Padre Kentenich no dia da sua morte.
Ela estava a falar com uma Irmã de Portugal e eu estava ao pé das duas. Transmitia uma grande paz e serenidade. A minha vontade era colocar as minhas mãos sobre as dela, mas por respeito (ou falta de coragem!) não o fiz, mas penso que nunca mais esquecerei desse casual encontro.

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