Neste momento, e depois
dos outros testemunhos, eu começo por dar graças a Deus por
estar aqui. E começo também por agradecer à Xana por, ao longo do tempo me ter
desafiado a peregrinar. Como não pertenço ao movimento, no inicio achei
interessante o que ela me contou, depois verifiquei que não bastava achar
interessante, era preciso viver esta experiência para perceber melhor, e aqui
estou e não vim sozinha.
Este ano foi a segunda
vez que fiz esta peregrinação. Da primeira vez peregrinei três dias, este ano,
apenas um dia e, tal como a Xana, também agradeço todos os dias a todos os
anjos da guarda que me acompanham e me ajudam a encontrar no dia a dia da vida
os diversos "Santuários Vivos" que me ajudam a "caminhar pelas
pedras" e fazer delas um caminho suave, tranquilo e acima de tudo um
caminho preparado para que eu possa dizer sem medo que "Farei tudo o que
Ele me disser". É muito importante saber dizer isto de coração, se o
dissermos de coração, se sentirmos esta confiança bem cá dentro, tudo vem ao
nosso encontro! Maria, a mãe de Jesus, também confiou plenamente.
É isto que também eu
tenho tentado fazer em cada dia da minha vida que, de facto, nos últimos tempos
tem sido uma peregrinação com algumas pedras bem duras mas… eu sou uma das
pessoas que está nesta imagem e precisamente naquela posição, em pleno
santuário, de frente para o altar, eu li em letras bem grandes: “Não tenhais
medo.” Ao ler isto disse para o meu marido: “Vamos acreditar, tudo se há-de
resolver.” E ele respondeu: “Sim, vai correr tudo bem, confia”.
Peregrinar juntos este
ano, apesar de pouco tempo, também nos fez parar e ouvir o silêncio envolvente,
particularmente o silêncio dos jovens que foi no ano passado o que mais me
surpreendeu e me fez pensar: “afinal vale a pena investir, quero fazer este
trabalho para um dia ver a minha filha assim.” Este ano o silêncio, por sua
vez, fez-nos ouvir o nosso coração e principalmente perceber que Deus nos pede
para "Peregrinar e não caminhar", outra expressão que gostei de ouvir
e que é exactamente o que é preciso para assim fazermos um verdadeiro caminho
em direcção à santidade.
Três dias ou só um,
espero peregrinar mais vezes.
Obrigada por tudo.
Sara Andrade
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