terça-feira, 18 de junho de 2013

CMP - "Dia da Aliança" 06/2013

 
Sinal de SANTIDADE nos nossos dias

A festa da Primeira Comunhão terminou e as crianças saem da igreja. Entre elas, uma com deficiência mental. A madrinha conversa com a sua mãe: “Foi realmente uma festa muito bonita. Pena que o pequeno não entendeu nada.” Os olhos da mãe enchem-se de lágrimas. Mas logo a criança a abraça e diz: “Não te preocupes mamã. Deus ama-me, assim como eu sou!” O que o David expressou foi uma profunda experiência de Deus. ELE AMA-ME! Essa foi também a experiência de S. Paulo quando afirma: “Dilexit me!”(Gal 2,20) ou de S. Pedro ao responder “Senhor, Tu sabes tudo, Tu sabes que eu Te amo.”(Jo 21) No mês de Junho festejamos estes dois grandes Apóstolos, “fundamentos da Igreja”(Bento XVI), mas também os chamados Santos Populares. Seja o S. João do Porto ou Santo António de Lisboa, vamos para as festas, preparamos as marchas e os manjericos, assamos as sardinhas, partilhamos a alegria. Pelo meio, não poucas vezes pensamos nestes ou noutros santos reduzidos a imagens de caco ou madeira oca. Falar hoje de santidade faz revirar os olhos de quem ouve. Em Schoenstatt, no início da sua tarefa como Diretor Espiritual dos jovens seminaristas, o P. Kentenich despertou neles o ideal da santidade com o exemplo dos santos.  Não tinham eles uma natureza humana como a nossa? Não tiveram as mesmas fraquezas e não dispunham dos mesmos meios que nós para superar os obstáculos? O Padre Kentenich diz que os santos começaram a tornar-se santos a partir do momento em que acreditaram, souberam e se sentiram amados por Deus. Quando creio e me sinto amado por Deus, então desperta em mim uma resposta ao amor. Seja há dois mil anos, há um século ou nos dias de hoje, decisivo é a experiência do amor de Deus. Saber-se amado é o primeiro passo no caminho da santidade. O P. Kentenich apresentou a visão do santo moderno, o santo do dia-a-dia, o homem que vive na presença de Deus, que tem um estilo de vida especial: EM TUDO DÁ PRIORIDADE AO AMOR. Talvez sejam estes os santos a quem o Papa Francisco chamou santos de todos os dias, os santos ‘escondidos’, uma espécie de classe média da santidade’”. Estes são os santos que provavelmente não ganham uma estátua no altar, mas gravam o seu nome profundamente no coração de Deus, pois podem afirmar “Dilexit me!”, Deus ama-me. P. Kentenich apresenta Maria aos jovens  como o  grande modelo,  como auxiliadora  e  educadora  nesse  caminho.  Ele desafia:
Não vivas abaixo das tuas possibilidades. Sê heroico! 
Elege um estilo de vida de  acordo com a elevada norma do Evangelho. Diariamente tens ocasião para fortalecer a tua vontade, superando pequenas e grandes dificuldades. O mesmo incentivo nos dá o Papa Francisco:
“Não vos contenteis com uma vida cristã medíocre;
Caminhai decididamente para a santidade”.
 
Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Junho 2013)

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