Sinal de SANTIDADE nos nossos dias
A festa da Primeira Comunhão terminou e as crianças saem da
igreja. Entre elas, uma com deficiência mental. A madrinha conversa com a sua
mãe: “Foi realmente uma festa muito bonita. Pena que o pequeno não entendeu
nada.” Os olhos da mãe enchem-se de lágrimas. Mas logo a criança a abraça e
diz: “Não te preocupes mamã. Deus ama-me, assim como eu sou!” O que o David
expressou foi uma profunda experiência de Deus. ELE AMA-ME! Essa foi também a
experiência de S. Paulo quando afirma: “Dilexit me!”(Gal 2,20) ou de S. Pedro
ao responder “Senhor, Tu sabes tudo, Tu sabes que eu Te amo.”(Jo 21) No mês de
Junho festejamos estes dois grandes Apóstolos, “fundamentos da Igreja”(Bento
XVI), mas também os chamados Santos Populares. Seja o S. João do Porto ou Santo
António de Lisboa, vamos para as festas, preparamos as marchas e os manjericos,
assamos as sardinhas, partilhamos a alegria. Pelo meio, não poucas vezes
pensamos nestes ou noutros santos reduzidos a imagens de caco ou madeira oca.
Falar hoje de santidade faz revirar os olhos de quem ouve. Em Schoenstatt, no início da sua tarefa como
Diretor Espiritual dos jovens seminaristas, o P. Kentenich despertou neles o
ideal da santidade com o exemplo dos santos.
Não tinham eles uma natureza humana como a nossa? Não tiveram as
mesmas fraquezas e não dispunham dos mesmos meios que nós para superar os
obstáculos? O Padre Kentenich diz que os santos começaram a tornar-se santos a
partir do momento em que acreditaram, souberam e se sentiram amados por Deus. Quando creio e me sinto amado por
Deus, então desperta em mim uma resposta ao amor. Seja há dois mil anos,
há um século ou nos dias de hoje, decisivo é a experiência do amor de Deus. Saber-se amado é o primeiro passo no
caminho da santidade. O P. Kentenich apresentou a visão do santo moderno, o santo do dia-a-dia, o homem que
vive na presença de Deus, que tem um estilo de vida especial: EM TUDO DÁ
PRIORIDADE AO AMOR. Talvez sejam estes os santos a quem o Papa Francisco
chamou “santos de todos os
dias, os santos ‘escondidos’, uma espécie de ‘classe média da santidade’”.
Estes são os santos que provavelmente não ganham uma estátua no altar,
mas gravam o seu nome profundamente no coração de Deus, pois podem afirmar
“Dilexit me!”, Deus ama-me. P. Kentenich apresenta Maria aos jovens como o
grande modelo, como
auxiliadora e educadora
nesse caminho. Ele desafia:
Não vivas abaixo
das tuas possibilidades. Sê heroico!
Elege um estilo de vida de acordo
com a elevada norma do Evangelho. Diariamente tens ocasião para fortalecer a tua
vontade, superando pequenas e grandes dificuldades. O mesmo incentivo nos dá o
Papa Francisco:
“Não vos contenteis com uma vida cristã medíocre;
Caminhai decididamente para a santidade”.
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Junho 2013)
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