domingo, 24 de abril de 2011

O Aleluia da Ana


A mãe da Ana canta no coro da Igreja. Às vezes, ela ensaia os cânticos lá em casa. Ana ouve com muita atenção e encanto. Ela não consegue entender as palavras, mas é tão bonito quando a mãe canta! Há uma palavra que a mãe repete sempre de novo, aparece em muitos cânticos: chama-se “Aleluia”.
“O que quer dizer “Aleluia”?”, pergunta Ana. “Quer dizer: Querido Deus, eu amo-te, eu louvo-te, eu honro-te”, diz a mãe. “Por isso canta-se muitas vezes.” “E as pessoas que escutam também sabem o que ela quer dizer?” pergunta a Ana. “Certamente!”, diz a mãe. “Isso não só sabem as pessoas da nossa terra, mas também as pessoas que vivem na França, na Inglaterra, na Itália, na Rússia, nos Estados Unidos e em muitos outros países. Quando elas querem louvar e honrar o bom Deus, cantam e dizem 'Aleluia'." “Aleluia”, diz a Ana. “Aleluia”, canta ela. “Uma palavra bonita!”, pensa ela.
Uns dias mais tarde, a Ana recebe visita da América. O pai e a mãe viajam até ao aeroporto para buscar a tia Milly e o tio Jeff. O avião está atrasado e eles precisam de esperam. A Ana tem muito tempo para explorar o aeroporto. Que confusão! Quantas pessoas andam de um lado para lado, sobem e descem escadas, esperam junto ao check-in, estão por todo o lado, sentados ou de pé. Ana observa todas estas pessoas. Algumas parecem muito estranhas. Têm rosto moreno, olhos pequeninos, cabelo encarapinhado. Muitas têm uma roupa esquisita e gorros ou chapéus estranhos. Ana tenta perceber o que eles dizem, mas muitos deles falam de tal modo que Ana nada entende. Eles falam uma língua desconhecida. Mas “Aleluia” com certeza entendem, pensou a Ana. Ela fixa uma jovem que tem um longo cabelo preto e uma pele castanha. “Aleluia”, diz Ana cheia de expectativas pela reacção dessa jovem senhora. A jovem sorri para ela e responde: “Aleluia!” Ana alegra-se e continua o seu caminho. Dois homens estão sentados num banco e falam um com o outro numa língua estrangeira. Os homens têm cabelo denso, bigode e barba e têm um vestido branco. “Aleluia!”, diz Ana bem alto. Os homens param de falar. Eles sorriem. Fazem uma vénia com a cabeça e dizem: “Aleluia!” - Ana irradia. Ela pensa: quando eu digo “Aleluia”, todos me entendem. É como uma palavra mágica.
“Aleluia, Aleluia!” diz ela para todos os lados. Ela corre de um lado para o outro e rejubila: “Aleluia, Aleluia!” “Pst, Ana”, reclama a mãe. Mas as pessoas alegram-se. Muitos olham para trás, para Ana, riem, fazem uma vénia, acenam, e muitos respondem alto: “Aleluia!” Um homem gordo começa mesmo a cantar. Ele canta, assim como a mãe no coro da Igreja. Ele canta três vezes Aleluia, então começa a rir e oferece um pedaço de chocolate à Ana. Ana fica surpreendida. Como as pessoas se tornam amigáveis com essa palavra!
Mais tarde, quando a tia Milly e o tio Jeff chegam e todos juntos já se dirigem para a saída, uma mulher acenou e disse: “Aleluia!” “Certamente é para ti, Ana”, diz o pai. “Aleluia!” responde Ana e acena também para ela. A tia Milly e o tio Jeff admiram-se. “Isso é uma saudação?” perguntam.
“É a saudação da Ana”, explica a mãe. “Realmente é uma saudação muito mais bonita do que ‘bom dia’ ou ‘adeus’. Ana, vê se tu consegues que essa saudação se torne um hábito na vida das pessoas.” “Sim”, diz Ana com seriedade “Eu quero tentar isso”.
Gudren Pausewang

1 comentário:

Mater disse...

Gostei muito desta história.
Era bom que esta saudação se tornasse num bom hábito; realmente não deve haver muitas palavras tão mundialmente conhecidas.
Aleluia

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...