Teve ontem lugar no Santuário de Lisboa, o encontro com o Padre Strada, durante cerca de 3 horas e perante um Abrigo repleto e interessado.
A apresentação do orador, foi feita pelo Padre Diogo que nos indicou, estarmos perante alguém, que sabe mais da vida do nosso fundador, o Padre José Kentenich que certamente saberia o próprio.
O Padre Strada, começou por relatar como conheceu o Movimento na sua cidade de Córdoba na Argentina, como foram os seus encontros com o Fundador e finalmente, o trabalho desenvolvido não processo da causa de sua beatificação.
Segundo ele, o primeiro encontro – 29MAR1966 às 19H30 – não foi como ele tinha idealizado que seria o fundador:
• Que seria alto – não, era pequeno, quase da sua altura, cerca de 1,68 mt.
• Que teria uma voz forte – não, era num tom pausado e baixo.
tendo ficado sim, com a impressão de estar perante um Patriarca do Antigo Testamento, como o Moisés.
Em seguida, referiu-se ao segundo encontro – 23AGO1967 às 08H05 – motivado pela ida dos seminaristas latino-americanos, para Münster a fim de estudarem Teologia e terem escrito uma carta ao fundador, indicando que ele dispensava mais atenção às Irmãs de Maria e que não tinha tempo para eles. A resposta, veio com a indicação de que gostava de ter seguidores que fossem honestos e francos, pelo que, iria ter com eles. Assim foi e teve a possibilidade, de estar um pouco mais dos 30 minutos dedicados a cada um dos seminaristas. Começou por o surpreender, ao perguntar-lhe sobre 2 jovens da sua cidade, que tinham estado com ele, 8 anos atrás, em Milwaukee e depois, quis saber como estava a passar com o frio, se tinha roupa adequada, com a comida, tendo referido – “Eu conheço os Meus, como os Meus Me conhecem a Mim”.
Finalmente, o terceiro encontro, num almoço com os seminaristas argentinos, onde tinham sido preparados um conjunto de 5 temas para serem apresentados, quase todos, relacionados com conflitos – seja com a Igreja Argentina, seja com os Padres Palotinos, seja com as Irmãs de Maria – pelo que a intervenção do fundador, em cada um deles, foi sempre a mesma – “têm paz interior?” – concluindo, que é muito diferente enfrentar um conflito com ou sem paz interior. A mesma, não resolve, mas ajuda muito.
Finalizou esta 1ª parte da palestra, referindo que em 1969 - quase na mesma data – Março - perdeu o seu pai.
A segunda parte foi dedicada a explicar a complexa e gigantesca operação que o tem ocupado neste últimos anos e que começou 7 anos depois da morte do fundador – preparação do processo de beatificação.
Começou por referir a necessidade de se provar a fama de santidade. Nalguns casos – como o da Madre Teresa de Calcutá – é da percepção comum de todos, mas no caso do fundador foi necessário recolher testemunhos provenientes de 87 países, num total de 1 milhão e 600 mil. Além disso, foram recolhidas todas as cartas (12.000), textos das conferências, livros e artigos publicados e não publicados, traduzir para uma das línguas aceites no Vaticano – neste caso, o castelhano – totalizando 1.000 livros com cerca de 300 páginas cada e em 4 exemplares!
Tudo isto já foi feito e está a ser e brevemente vai ser entregue na Congregação da Causa dos Santos em Roma, mas fica a faltar, o milagre, que poderia fazer acelerar todo este processo.
Tudo isto já foi feito e está a ser e brevemente vai ser entregue na Congregação da Causa dos Santos em Roma, mas fica a faltar, o milagre, que poderia fazer acelerar todo este processo.
Terminou lendo um texto do Papa João Paulo II para a Família e referindo que não basta conseguir a beatificação, mas sim, conseguir que seja difundida a mensagem e os ensinamentos do fundador.
Daniel Simões
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