Santuário de Schoenstatt da Diocese do Porto - Canidelo - Gaia
"O mistério do santuário não só evoca a nossa origem junto do Senhor, mas recorda-nos também que Deus, que outrora nos amou, jamais cessa de nos amar e que hoje, no momento concreto da história em que nos encontramos, diante das contradições e dos sofrimentos do presente, Ele está connosco. A voz unânime do Antigo e do Novo Testamento testemunha como o Templo é não só o lugar da recordação de um passado salvífico, mas também o ambiente da experiência presente da Graça. O santuário é o sinal da Presença divina, o lugar da sempre nova actualização da aliança dos homens com o Eterno e entre si. Ao ir ao santuário, o piedoso israelita redescobria a fidelidade do Deus da promessa a cada “hoje” da história.
Ao olharem para Cristo, novo santuário, de cuja presença viva no Espírito os templos cristãos são sinal, os seguidores de Cristo sabem que Deus está sempre vivo e presente entre eles e para eles. O Templo é a habitação santa da Arca da aliança, o lugar em que se actualiza o pacto com Deus vivo, e o povo de Deus tem a consciência de constituir a comunidade dos crentes, “a raça eleita, sacerdócio real, nação santa” (1 Pd 2, 9). São Paulo recorda: “Já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, com Cristo por pedra angular. N'Ele qualquer construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo no Senhor, em união com o Qual também vós sois integrados na construção, para vos tornardes, no Espírito, habitação de Deus” (Ef 2, 19-22). É Deus que, ao habitar entre os seus e nos seus corações, faz deles o Seu santuário vivo. O santuário de “pedras mortas” remete Àquele que nos faz santuário de “pedras vivas”.
O santuário é o lugar do Espírito, porque é o lugar em que a fidelidade de Deus nos atinge e nos transforma. Vai-se ao santuário, antes de tudo, para invocar e acolher o Espírito Santo, para depois levar este Espírito a todas as acções da vida. Neste sentido, o santuário oferece-se como o apelo constante da presença viva do Espírito Santo na Igreja, que nos foi dado por Cristo ressuscitado (cf. Jo 20, 22), para glória do Pai. O santuário é um convite visível a haurir da invisível fonte de água viva (cf. Jo 4, 14); convite, cuja experiência pode ser feita sempre para viver na fidelidade à aliança com o Eterno na Igreja."
Fonte: Documento "O Santuário - Memória, Presença e Profecia do Deus Vivo" do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itenerantes.
Fami e Paulo
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