quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

2º Marco Histórico de Schoenstatt - 20 de Janeiro de 1942


Há datas que têm bastante importância para um povo e basta referi-las para que todas as pessoas saibam o seu significado. Por exemplo, para nós portugueses o 5 de Outubro de 1910, significa a implantação da República. Se não tivesse ocorrido este acontecimento, o 5 de Outubro seria mais um dia do ano.
Assim também acontece com o dia 20 de Janeiro, para a Família de Schoenstatt. Esta data é tão importante como o 18 de Outubro, ou o 31 de Maio. Estas datas simbolizam um mundo de experiências e contextos marcantes na história do nosso Movimento.
Uns dias antes de ocorrer o acontecimento de 20 de Janeiro de 1942, este dia era também para a Família de Schoenstatt, mais uma data do calendário, mais um dia no decurso do ano. Ninguém podia prever que existiria um “20 de Janeiro”, com a importância que teve e com os resultados que daí advieram para o Movimento.

Mas o que ocorreu de tão importante nesse dia 20 de Janeiro de 1942?
O Padre Kentenich estava preso, às ordens da Gestapo e decidiu por sua livre vontade, baseado na certeza que estava a interpretar a vontade de Deus, ir para o campo de concentração de Dachau, que significava naquela altura, quase que um bilhete para a morte.
O que levou o Padre Kentenich a tomar esta decisão? Pensou seriamente no que pretendia Deus dele e decidiu não renunciar ao sofrimento e ir para Dachau. Sabia que não estava preso por ter cometido algum crime. Sabia que o prenderam e o afastaram da sua causa e da sua obra. Estava preso, não como indivíduo, mas sim como fundador dum Movimento que quer criar homens novos, numa nova comunidade, homens livres de pensamento que decidam por si e não se deixem levar pelo rumo dos tempos.
Numa carta escrita às Irmãs de Maria, disse:

“Não queremos ser como aqueles que na oração, sabem dizer muito sobre a entrega total, mas tratam de reunir todos os cavalos do mundo, para fazer voltar atrás o carro, quando Deus, começa a tomar a sério a nossa oração e faz connosco tudo aquilo que Ele quer. Isto torna-se mais válido, quando nos conduz para a escola do sofrimento.”

O 20 de Janeiro, tornou-se o eixo de toda a história de Schoenstatt, tornando-se mesmo, no elemento formal de toda a história do Movimento.
O Pai e Fundador, sempre considerou este acontecimento como uma erupção extraordinária de graças e sempre rejeitou considerá-lo como um acto heróico. Simplesmente lhe chamava uma grande obra de Deus. Dizia ainda que seria mal agradecido a Nossa Senhora, se tal não reconhecesse.
Sobre o 20 de Janeiro, disse ainda:

“Quem não compreender e não reconhecer o 20 de Janeiro de 1942, não é schoenstatteano. É preciso ver sempre este acontecimento como um acto de fé e como uma incumbência. Se não aproveitarmos os valores de 20 de Janeiro de 1942, Schoenstatt dissolver-se-á.”

“Mãe Três Vezes Admirável
Conserva-nos sempre como teu instrumento,
Faz que com amor hoje e sempre
Nos ponhamos ao teu serviço.
Utiliza-nos como agrada a Deus,
Inteiramente para o teu Reino de Schoenstatt."

(Cântico do Instrumento - pequeno excerto).

Fami e Paulo

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