quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Carta da Armandina sobre o seu encontro com o Santo Padre em Londres


Londres, 28 de Setembro de 2010

Dizem que não há duas sem três e a terceira vez que vi o Santo Padre foi no dia 18 de Setembro, em Londres, no Paço Episcopal. As outras duas tinham sido na Praça de S. Pedro, no Vaticano.
Depois de todo o controle apertado com a exibição do passaporte, lá fui eu também passar pelo controle das máquinas, aí recebi um símbolo que me daria a possibilidade de entrar na casa e lá permanecer até à chegada do Santo Padre, a qual teríamos que abandonar logo de seguida.
Todos os preparativos para esta visita já vinham sendo feitos desde Setembro de 2009. Tive a grande honra de colaborar em tudo isto, pelo facto de trabalhar na casa como auxiliar da Irmã Carmel, governanta da casa do Sr. Arcebispo Vincente Nicolas. Mas dizia eu, foi uma grande graça e foi mesmo um miminho do Céu.
Na semana anterior preparei os aposentos que o Santo Padre iria utilizar no seu privado, também aqui houve um controle apertado e exigente da parte da segurança do Vaticano.
No dia 18 tínhamos de entrar pelas 7 horas da manhã. Pelas 8 horas e 15 minutos chegaram mais polícias com os respectivos cães para verificar toda a casa e o pessoal que lá estava. De seguida todas as pessoas que lá trabalham foram colocadas em três filas, obedecendo às instruções dadas pelas duas senhoras, as secretárias privadas. Eu coloquei-me na fila do meio e foi quando uma das secretárias me puxou pela mão e me colocou na fila de frente, ao centro. Era uma surpresa que íamos fazer ao Santo Padre, visto não estar no programa da visita, também não podíamos mais do que bater palmas. Estávamos todos muito felizes, vimos que o Santo Padre gostou da surpresa. Foi uma emoção enorme quando o vi entrar pela porta e subir as escadas, o Santo Padre Bento XVI e os seus seguranças privados. Momento antes tinham chegados os Cardeais do Vaticano. Quando o Santo Padre chegou perto, nós batemos as palmas de boas-vindas e o Sr. Arcebispo Vincente Nicolas apresentou-nos como o pessoal que trabalha na casa, pessoal administrativo, secretárias, do serviço doméstico e um colega Africano, o Paulo. Mais surpreendida e com muita emoção fiquei, quando vi que encaminharam o Santo Padre para junto de mim, ao meu lado esquerdo. Logo lembrei Schoenstatt, o Santuário, a Mãe e Rainha, o Pai Fundador. Era dia 18, Dia da Família. Ali estava comigo toda a Família, junto de uma pessoa de Deus. Uma pessoa extraordinariamente dócil, aspecto frágil, de uma ternura e grande humildade. Era também um alemão de nacionalidade. Algo senti dentro do coração que ainda não sei explicar. Foram tiradas fotografias, estávamos em directo para a televisão. Logo de seguida tivemos que abandonar a casa. Eram as exigências dos seguranças do Vaticano, dado o clima provocado pelos comentários e ameaças que foram acontecendo anteriormente.
Tanta barbaridade foi dita sobre uma pessoa incrível. Vi uma pessoa de sorriso de criança, com muita ternura e sobretudo muito humilde. Algo ficou daquele momento que jamais vou esquecer, sobretudo a certeza de ter sido um grande presente de Deus, uma dádiva Divina para mim, que tinha preparado na semana anterior os aposentos privados para o Santo Padre utilizar durante a permanência na casa. Limpei, arrumei, obedeci aos requisitos dos seguranças do Vaticano, fiz tudo para bem acolher o Santo Padre. Deus agraciou-me com tão grande presente. Uma benção do Céu poder ter a meu lado esquerdo o Chefe Maior da Igreja Católica e que em tão poucos dias conseguiu mudar a opinião de tantos que julgavam e diziam que era uma pessoa dura no trato e no fim de contas é tão dócil e tão humilde. Um exemplo a seguir!
Este é o meu testemunho do tanto e tão belo que vivi. Até sempre querida Família de Schoenstatt!
A sempre vossa,
Armandina
(Liga das Famílias)


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