Celebram-se hoje 151 anos da morte de São João Maria Vianney ou o Santo Cura D’ Ars. Foi em 04 de Agosto de 1859, pelas duas horas da manhã que faleceu este sacerdote que viria a ser proclamado como padroeiro dos párocos e dos sacerdotes em geral.
Por ocasião da comemoração do centésimo aniversário da ordenação sacerdotal do nosso Pai e Fundador, em Atibaia (Brasil), realizou-se um encontro, em que vários sacerdotes tiveram oportunidade de reflectir sobre o carisma do Padre Kentenich e a grande contribuição que ele oferece para que o sacerdócio seja vivido com santidade e alegria.
No encerramento desse encontro, D. Milton Kenan Junior, Bispo de Brasilândia, (uma região pertencente a São Paulo, onde se encontra o Santuário de Jaraguá), fez uma analogia entre o sacerdócio praticado pelo Padre Kentenich e o sacerdócio de São João Maria Vianey.
Depois de destacar sete características sacerdotais do Padre Kentenich: um homem consciente da sua vocação, um educador nato, um sacerdote profeta, uma vida no amor à Igreja, um sacerdote mariano, um exemplo de fidelidade sacerdotal e um coração de pai, Dom Milton referiu que apesar da distância temporal que os separa, o Padre Kentenich e o Santo Cura D’Ars, têm uma missão para os sacerdotes actuais: eles se tornaram uma imagem de Deus para o tempo actual.
São João Maria de Vianney, tem uma importância bastante grande na Igreja, pois foi por ocasião dos 150 anos do seu falecimento que o Papa Bento XVI, proclamou o ano sacerdotal que decorreu entre 19 de Junho de 2009 e 11 de Junho de 2010.
João Maria Vianney, nasceu no dia 08 de Maio de 1876, na aldeia de Dardilly, perto de Lion em França. Filho de pais camponeses, pobres em bens materiais mas ricos em humanidade e fé, João Maria dedicou os anos da sua infância e da adolescência ao trabalho do campo e ao pastoreio de animais. Devido a isto, aos dezassete anos era ainda analfabeto.
Sempre teve o desejo de vir a ser sacerdote, mas esse objectivo não foi fácil de atingir.
Entrou no seminário, mas foi dispensado por ter muitas dificuldades em aprender filosofia e latim. No entanto, devido à falta de sacerdotes, foi readmitido e ordenado sacerdote em 13 de Agosto de 1815.
Durante 42 anos, foi pároco da pequena aldeia de Ars, no sul de França, advindo-lhe daí o facto de ser conhecido como o Santo Cura D’Ars. Era uma pequena paróquia, totalmente descristianizada e o povo ridicularizava-o, caluniava-o e blasfemava contra ele.
No entanto, graças às suas orações e duras penitências, à sua mansidão e paciência, consegue aos poucos transformar a paróquia e fazer com que o passassem a chamar de “o bom pai”.
Tinha igualmente em grande apreço o sacerdócio: “Meu Deus, como é grande o sacerdócio!” “O padre é o coração de Deus sobre a terra.” “Se encontrasse na rua um padre e um anjo, saudaria primeiro o padre, porque o anjo é amigo de Deus, mas o padre é o seu representante.” São algumas das frases proferidas pelo Santo Cura D’Ars e que demonstram na perfeição o que ele sentia pelo sacerdócio.
Por ocasião da proclamação do ano sacerdotal, em 16 de Junho de 2009, o Papa Bento XVI referiu-se ao Santo Cura D’Ars da seguinte maneira:
“O Santo Cura ensinava os seus paroquianos sobretudo com o testemunho da vida. Pelo seu exemplo, os fiéis aprendiam a rezar, detendo-se de bom grado diante do sacrário para uma visita a Jesus Eucaristia. “Para bem rezar – dizia-lhes o Cura – não há necessidade de falar muito. Sabe-se que Jesus está ali, no tabernáculo sagrado: abramos-Lhe o nosso coração, alegremo-nos pela sua presença sagrada. Esta é a melhor oração.”
À Virgem Santíssima entrego este Ano Sacerdotal, pedindo-Lhe para suscitar no ânimo de cada presbítero um generoso relançamento daqueles ideais de total doação a Cristo e à Igreja que inspiraram o pensamento e a acção do Santo Cura D’Ars.”
Se analisarmos a história do Santo Cura D’Ars, encontramos, sem dúvida, pontos de contacto com o carisma do nosso Pai e Fundador.
Fami e Paulo
Fontes: Foram consultados documentos de: Santos ao Ritmo da Liturgia, www.maeperegrina.com.br e http://www.vaticano.va/.
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