terça-feira, 10 de agosto de 2010

Padre José Kentenich e a Missa da vida



A Missa da vida – segundo o Padre Kentenich – tem três partes principais: Ofertório, Consagração e Comunhão.
Em suas instruções sobre a liturgia, muitas vezes dava indicações práticas quanto à “celebração” da missa da vida. Assim como na santa Missa, o Ofertório precede a Consagração, tal também sucede na Missa da vida.  Da teoria, Padre Kentenich partia para a prática: quando Deus exige de nós algo difícil, quando exige algum sacrifício, é a hora que em nossa Missa da vida, por assim dizer, toca o sino do Ofertório (antigamente, no Ofertório, na missa, tocava-se um sino). Depende de nós darmos atenção a este silencioso toque do sino e fazer nossa oferenda. E isto acontece-nos muitas vezes num dia.
A Consagração, isto é, a transformação, Deus mesmo se encarrega de realizá-la em nós. E a profunda união com o grande Deus – a Comunhão – nos é concedida como fruto da graça.

Ofertório vivido pelo Padre Kentenich.
Consideremos, agora, o Ofertório da Missa da vida do Padre Kentenich. Incondicionalmente e sem hesitar, ao sinal do “sino” do Ofertório, ele pronunciou sempre o seu “Sim, Pai!” Em sua “arena”, não o aguardavam feras; porém, muitas estações duma dolorosa via-sacra.
Ele estava consciente de que o cume do amor para ele, como pai sacerdotal, consistia em seguir Àquele que, por nós, carregou a pesada cruz e, por nós, morreu na cruz. Mas sabia também que o caminho de cruz é um caminho de bênçãos. Ele o trilhou sempre que Deus lhe manifestou o seu desejo.
E quando este se lhe tornou difícil? Padre Kentenich permaneceu firme!
Não agiu como aqueles que sabem dizer coisas muito lindas sobre a cruz e o amor à cruz, mas quando eles mesmos são chamados a trilhar o caminho da cruz, “vão buscar todos os cavalos do mundo”, para que puxem o carro de sua vida novamente para um caminho mais fácil! Esta imagem o próprio Padre Kentenich a usou numa de suas cartas da prisão.
Quando obteve clareza sobre algum desejo de Deus, não hesitou em aceitá-lo nem mesmo à custa do sacrifício da própria vida, ou de sua honra, ou de seu “filho”, isto é, de suas fundações.
Por suas orações – como lemos no “Rumo ao Céu” (livro de orações compostas em Dachau): “Senhor, se queres tira-me este filho...” e: “Eu peço, então, realiza os teus planos...” – “Qual Moisés, no Monte ficarei...” – ele nos permite lançar um olhar profundo à sua alma sacerdotal, sempre disposta ao sacrifício.

Excerto do Livro: "Padre Kentenich como nós o cenhecemos"

Fami e Paulo

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