quarta-feira, 14 de outubro de 2009

JORNADAS DE OUTUBRO - BREVE HISTÓRIA

Padre Kentenich celebrando Missa no Santuário
Jornadas de Outubro - Como surgiram?
No próximo fim-de-semana, dias 17 e 18 de Outubro de 2009 , vão decorrer no Santuário da Gafanha da Nazaré, as Jornadas de Outubro do Movimento Apostólico de Schoenstatt.
É importante por isso, nestes dias que as antecedem, recordar como começaram a ser realizadas estas Jornadas.
Tudo começou em 1945. O Pai Fundador tinha saído do campo de concentração de Dachau em 06 de Abril de 1945, após ter passado cerca de 3 anos, estando portanto todo este período de tempo afastado da sua obra e principalmente da sua família schoenstatteana.
Mesmo tendo terminado há pouco tempo o horror que foi a II guerra mundial, nem por isso o Padre Kentenich deixava de intuir que os tempos que se aproximavam seriam mais fáceis. Com efeito, o Pai Fundador tinha a convicção de que com a nova composição de forças, na Europa e no resto do mundo, resultantes da guerra mundial, a sociedade iria caminhar para novas formas de opressão.
O primeiro sinal de alarme, surgiu com o aumento do poder do colectivismo, que avançou até ao coração da Europa. Para o Padre Kentenich, este era um sinal de que novas formas de confrontação radical chegavam e talvez a uma fase decisiva. Esta situação, que o Pai Fundador previa agravar-se e tornar-se ameaçadora, principalmente, pelo crescimento do colectivismo e da massificação, mesmo em países onde não conseguisse chegar ao poder.
Afim de preparar o seu Movimento para esta nova confrontação que se aproximava a passos largos, o Pai Fundador introduz na Família a então chamada “Semana de Outubro”.
Centrada no dia 18 de Outubro, dia da fundação, a partir desse ano de 1945, deviam encontrar-se anualmente, os dirigentes, os representantes de todas as comunidades, para renovarem e aprofundarem o contacto mútuo e ao mesmo tempo ser criada a linha apostólica e pedagógica para o ano schoenstatteano seguinte.
Padre Kentenich, definiu esta “Semana de Outubro” como uma semana de reflexão. Devia servir para os dirigentes realizarem uma meditação cheia de gratidão e em simultâneo para apreciar e avaliar o caminho já percorrido e traçar directrizes para o futuro. A realização desta “Semana de Outubro”, veio provocar uma alteração num ritual que desde 1930 se tornara habitual em Schoenstatt. Com efeito, desde esse ano que a proclamação do lema para o ano, fazia-se na noite de Natal. A partir de 1945, essa proclamação iria fazer-se na “Semana de Outubro”.
Esta primeira edição foi dedicada ao tema: gratidão. Por certo para agradecer à Mãe, o regresso do Pai Fundador e também o facto de durante os terríveis anos da guerra, a família de Schoenstatt se ter mantido unida e até crescido.
Nos três primeiros anos em que se realizou a “Semana de Outubro”, foi o Pai Fundador que tomou ao seu encargo, com as suas conferências, a parte principal destas jornadas.
Assim, em 1945, além da gratidão, o tema principal foi dar uma imagem nova do homem católico, “o homem novo na nova comunidade”, como contraponto ao homem colectivista, que o Pai Fundador temia viesse a ocupar as comunidades.
Em 1946, apresentou aos dirigentes de Schoenstatt, a Mãe de Deus como modelo a seguir e como sendo a pessoa que Deus escolheu para formar o homem novo.
Finalmente, em 1947, propôs aos seus irmãos schoenstatteanos a Aliança de Amor, como o fundamento vital para o surgimento do homem novo.
A apresentação destes três temas, teve um duplo objectivo: deu à sua obra uma orientação clara, após a confusão espiritual que adveio do pós guerra e colocou novamente Schoenstatt na base sobre a qual desde o início assentava.
Foi assim uma breve resenha de como surgiram as Jornadas de Outubro. Neste Ano Jubilar, os dirigentes da família portuguesa de Schoenstatt, vão procurar viver o verdadeiro espírito que o Pai Fundador criou para a sua obra, sem esquecer o lema do jubileu: 1 Família, 1 Pai, 1 Missão.
Boas Jornadas, cheias de graças para que se derramem sobre toda a família de Schoenstatt.

Fami e Paulo

2 comentários:

Anónimo disse...

Após a leitura desta breve história sinto-me mais motivado a estar por inteiro nas jornadas e mais ligado à origem. Obrigado pelo vosso contributo.

Manuel

Paulo disse...

Caro Manuel
O nosso contributo é uma pequena gota de água, na imensidão da obra que o Padre Kentenich criou.
Só queremos contribuir para que este Movimento e o Santuário sejam cada vez mais conhecidos e distribuam mais graças.
Obrigado pelo comentário.
Paulo

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