No passado dia 18, a Missa da Aliança foi organizada pelo Ramo das Mães. Nesse dia, como acontece todos os dias 18 durante o Ano do Santuário, foi apresentado um herói de Schoenstatt. Desta vez foi uma heroína, uma mãe do Ramo das Mães do Brasil: Elda Viero.
Elda Viero nasceu no Rio Grande do Sul - Brasil, a 6 de abril de 1919. Torna-se professora e casa-se com Olívio Viero aos 21 anos. Deste matrimónio tem dois filhos. Elda tem um temperamento impulsivo e decidido. É autoritária e não tem medo de enfrentar problemas. É muito comunicativa e dá-se bem com todos: ricos e pobres, brancos e negros. É uma professora muito conhecida e querida em toda a região. Elda não é uma mulher de fé, até ao dia em que se converte ao amor de Deus através de um sermão feito pelos padres Celestino Trevisan e Dorvalino Rubin. Com esta vitória da graça, começa a frequentar retiros e cursos pedagógicos, realizados na casa de retiros recém fundada pelos padres Pallotinos. Aquire o costume de viditar o Santuário e sempre que lhe é possível, participa nas reuniões de formação, para rever a sua vida e sobretudo para aproveitar essa fonte de graças. Nos registos que faz, refere:
"Ainda bem que temos um oásis onde nos podemos saciar, o nosso querido Santuário. Como seria maravilhoso se os governantes se orientassem pela pedagogia schoenstattiana, tudo estaria melhor!"
Fez a sua consagração da Carta Branca a 18 de Outubro de 1950, dando o seu sim total a Deus por meio da MTA. Desde então, torna-se cada vez mais atenta à vontade de Deus, ao ponto de dizer:
"Que não se faça a minha vontade, mas sempre a Sua, segundo a qual não só se aceita a cruz, mas que por amor a solicito sob o alicerce do Plano Divino."
Sela a Inscriptio no dia 15 de fevereiro de 1955 e oferece-se pela santificação e heróismo dos sacerdotes, de modo especial pela Obra de Schoenstatt no Brasil e no mundo. Adoece e tem que se mudar para Santa Maria do Sul, para iniciar um tratamento. Ali preocupa-se em levar Schoenstatt a outras pessoas, para que sejam felizes como ela. Inicia um grupo de mães e as reuniões fazem-se junto da sua cama de doente. Nesta altura, tempo de férias no Brasil, escreve:
"Logo ao acordar, o meu pensamento voa para o Santuário. Ainda bem que temos o Capital de Graças para aparar os nossos suores e labutas diárias... Eu guardo tudo do mês de fevereiro, pois só sei descansar num lugar, mais reconfortante do que as prais, mais ameno do que a serra... o Santuário."
As suas companheiras dizem que apesar do seu sofrimento, Elda estava sempre alegre. Faz uma cirurgia que lhe traz algumas melhoras e volta para casa. Mas... no final de 1957 a sua doença volta. Mais uma vez ela diz:
"Sim querida Mãe, eu me ofereço novamente a Ti como preço de resgate e oferta de vitória. Aceita a minha vida e também a minha 'morte' em vida, para realizar os teus planos a respeito de Schoenstatt.
Dá-nos de volta o Pai, livre e reabilitado em seus direitos, leva a Obra de Schoenstatt ao triunfo total. Cuida da minha família"
As últimas palavras do seu diário, de 19 de dezembro de 1960 são:
"Mãe querida, com a Tua graça pronuncio o Sim final. Seja como quiseres! Contigo estou pronta! Ajuda-me no final dos meus dias. Sim Pai! Sim Mãe! Por vós"
Em 23 de dezembro de 1960, com 41 anos, facha os olhos para a terra, mas abre-os para a luz da eternidade! O seu grande amor ao Santuário e ao Fundador foram a garantia da sua fidelidade à Aliança de Amor com a MTA, em todos os momentos da sua vida e a força que fez capaz de dizer sempre sim ao plano de Amor do Pai. Que possamos também nós viver com radicalismo a nossa Aliança de Amor e a fazer do nosso Santuário cada vez mais o Oásis, a fonte, a escola de santidade, o nosso porto seguro no mar tumultuoso da nossa vida.
Elda, ajuda-nos do céu a dizer sim como tu, em todas as situações da nossa vida e que ao acordarmos o nosso pensamento voe sempre apara o Santuário.
Texto elaborado e apresentado pelo Ramo das Mães de Aveiro
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