segunda-feira, 12 de março de 2012

Quaresma - Caminho para a Páscoa


O carácter originário da Quaresma, segundo a força expressiva da própria palavra, é a penitência de toda a comunidade e de cada um ao longo de quarenta dias.
Esta penitência, expressa principalmente na prática do jejum, devia preparar os fiéis para a celebração do mistério redentor, os catecúmenos para o baptismo e os penitentes para a reconciliação. Estes elementos, porém, apareceram independentemente no cristianismo antigo e a sua duração, foi variável.
O jejum preparatório para a Páscoa não foi na sua origem mais do que dois dias. Em tempos do historiador grego, Sócrates, era em Roma, de três semanas. Noutras partes, o tempo de preparação para o baptismo compreendia um número variável de semanas e sem qualquer referência ao número de quarenta dias. Este tempo, pelo contrário, aparece liturgicamente na Igreja copta como uma comemoração do jejum de Cristo no deserto, em continuação da festa do Baptismo do Senhor.
A Quaresma deve ter nascido, portanto, da fusão do jejum preparatório para a Páscoa, da preparação dos catecúmenos para o baptismo e do jejum comemorativo da tentação de Cristo. 
A preparação para a Páscoa é assim colocada sob o signo de Cristo, que é a sua fonte e modelo. Com Cristo, que jejua no deserto e avança para a Paixão, todos são convidados a progredir para o mistério da Páscoa.
(Texto retirado do livro "O Tempo da Quaresma" do Secretariado Nacional de Liturgia)

Fami e Paulo

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