quarta-feira, 28 de março de 2012

1ª Aliança de Amor de Lisboa há 50 anos!


"Conheci ocasionalmente Schoenstatt durante umas férias na Suiça, no verão de 1960. Em 18 de Outubro iniciámos as reuniões do primeiro grupo. Rapidamente percebemos a importância da Aliança de Amor com Nossa Senhora. Mas eu pensava sempre que não estava preparado. Havia no grupo um outro rapaz que um dia me desafiou para fazermos a Aliança. Depois de alguma hesitação acabei por me decidir. E a 18 de Março de 1962 celebrámos em ambiente muito festivo as duas primeiras Alianças.
Passados 50 anos, tenho que agradecer tantas graças recebidas, e a grande fidelidade de Nossa Senhora que nunca permitiu que num só momento duvidasse da sua missão de, pela Aliança de Amor, renovar a Igreja e o Mundo. Admira-me hoje, constatar que o meu comprometimento com Schoenstatt e a sua missão não é hoje maior do que era há 50 anos atrás!"

Como foi a vivência da minha Aliança de Amor há 50 anos, quais as expectativas que tinha, como a vivi ao longo destes anos?

Sem dúvida que o primeiro pensamento que me vem é de profunda gratidão a Nossa Senhora, porque ao longo de todo este tempo nunca, mas mesmo nunca, me abandonou.
Chegar à Aliança depois de cerca de ano e meio em Schoenstatt foi um terminar um processo para começar outro cheio de entusiasmo e expectativas. Tenho afirmado várias vezes que acreditava nessa altura tanto no poder de Nossa Senhora e no carisma do P.Kentenich como hoje. Acreditava profundamente que a partir das primeiras Alianças iria surgir em Portugal um amplo Movimento de Renovação da Igreja e da sociedade, e que o Schoenstatt português, que tinha sido o primeiro a ser fundado a partir da corrente de vida que tinha surgido nos Santuários filiais da América latina, deveria vir a tornar-se no futuro, na Porta da Europa dessa corrente.


Nós sonhamos e a nossa Aliada na Aliança, actua como entende! Se nos primeiros tempos que se seguiu às primeiras Alianças, Ela actuou de forma extraordinária, também é certo que muito cedo nos exigiu “mostrai primeiro que me amais”.
Durante dezenas de anos, apesar de momentos de grande alegria e esperança, experimentei com dor a diferença entre o que tinha sonhado e a realidade. Mas Nª Senhora nunca como disse, me desamparou, e sempre manteve vivo o ideal e a esperança.
Bem cedo Deus colocou no meu caminho a Misáu. A Família que Deus nos concedeu e o facto de um dos nossos filhos ser sacerdote, são graças que não podemos deixar de agradecer. Com a Misáu tenho partilhado o mesmo ideal e juntos continuamos a sonhar. O contacto internacional que temos, permite-nos ver que a missão, que acreditamos ter Nossa Senhora para a Família de Schoenstatt portuguesa, se mantém vivo. O desenvolvimento da juventude nos últimos anos é uma graça que agradecemos profundamente e um motivo de enorme esperança. Ao celebrar estes 50 anos das primeiras Alianças, pedimos com grande intensidade que da Família do Pai surjam vocações de verdadeiros santos para Schoenstatt, para a Igreja e para a Sociedade do nosso tempo, para que o nosso Santuário se possa tornar um autêntico Cenáculo, uma “Porta” para o Schoenstatt e Igreja europeias.
Manuel Barata


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