sábado, 18 de maio de 2013

CMP - "Dia da Aliança" 05/2013


Sinal de EDUCAÇÃO nos nossos dias 

Imagine que está numa sala de espera e, entre as diversas revistas que nos oferecem para “passar” o tempo, estivesse um terço? Ou se está no caixa do supermercado e do bolso de um jovem, junto com o dinheiro, caísse um terço? Ou se viaja no comboio e ao pegar no telemóvel agarra no terço? O terço é um dos símbolos que expressam a nossa fé. No dia-a-dia somos muitas vezes confrontados especialmente pelas crianças que rapidamente dão conta que não somos coerentes nem consequentes com a fé. Um pai contava-me que ficou “sem jeito” quando, no restaurante, a sua filha pequenita perguntou bem alto: “Porque é que não rezamos antes de comer, como lá em casa?” Crianças, na sua simplicidade e transparência, educam os adultos levando-os a se interrogarem na sua consciência. A vida tem de ser mais! O que eu faço tem que se tornar uma verdade para mim, quer seja em casa ou no restaurante. Se sou chamado a viver como cristão, então sou cristão em qualquer situação.
Sara de 6 anos chegou a casa e pergunta: “Mamã, tu também tens uma vocação?” Com certeza ouviu na aula de religião. Vale a pena pensar na pergunta: Tu também tens uma vocação? Como é comigo? Afinal o que é vocação? Uma professora da Universidade de Oslo, casada e mãe de 4 crianças, conta sobre o tempo em que ela fazia parte do governo do seu país. Certa vez, a sua filha mais pequena disse em tom provocador: “Tu precisas ser uma verdadeira mãe! Tu precisas ser como as outras mães e levar-me, tu mesma, às festas de aniversário!” – Esta foi a chave para começar a dar prioridade aos filhos. Com o tempo ela pôde dizer:  “Ser mãe para mim e para as crianças é mais importante do que todas as outras atividades.” Vocação pessoal manifesta-se quando algo se torna mais importante para mim do que para o outro. O que faço, ninguém o faz assim como eu. Ninguém pode substituir-me na missão, na minha vocação. Sim, outros podem exercer o meu papel, mas ninguém o fará como eu.
Neste mês de Maio olhamos para Maria especialmente como Mãe e, por isso, como Educadora. Ela educou Jesus e deixou-Se educar por Ele. Sabemos que ninguém pode dar o que não tem, por isso temos que trabalhar constantemente em nós para possuirmos a arte de educar, à semelhança do nosso grande modelo: Maria, Mãe e Educadora!
João Paulo II dizia que percorrer “as cenas do Rosário é como frequentar a “escola” de Maria para ler Cristo, penetrar nos seus segredos, compreender a sua mensagem. Uma escola, a de Maria, ainda é mais eficaz, quando se pensa que Ela, nos obtém os dons do Espírito Santo com abundância e, ao mesmo tempo, propondo-nos o exemplo daquela «peregrinação da fé », na qual é Mestra e Educadora inigualável.” (Rosarium Virginis Marae)
Termino com um episódio que se deu no jardim-de-infância. À pergunta da educadora: “Onde é o teu lugar predileto?”, Celina respondeu prontamente, como que disparado de uma pistola: “Nos braços da minha mãe!”.

Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Maio 2013)
 

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