Sinal de EDUCAÇÃO nos nossos
dias
Imagine que está numa sala
de espera e, entre as diversas revistas que nos oferecem para “passar” o tempo,
estivesse um terço? Ou se está no caixa do supermercado e do bolso de um jovem,
junto com o dinheiro, caísse um terço? Ou se viaja no comboio e ao pegar no
telemóvel agarra no terço? O terço é um dos símbolos que expressam a nossa fé.
No dia-a-dia somos muitas vezes confrontados especialmente pelas crianças que
rapidamente dão conta que não somos coerentes nem consequentes com a fé. Um pai
contava-me que ficou “sem jeito” quando, no restaurante, a sua filha pequenita
perguntou bem alto: “Porque é que não rezamos antes de comer, como lá em casa?”
Crianças, na sua simplicidade e transparência, educam os adultos levando-os a
se interrogarem na sua consciência. A vida tem de ser mais! O que eu faço tem
que se tornar uma verdade para mim, quer seja em casa ou no restaurante. Se sou
chamado a viver como cristão, então sou cristão em qualquer situação.
Sara de 6 anos chegou a casa
e pergunta: “Mamã, tu também tens uma vocação?” Com certeza ouviu na aula de
religião. Vale a pena pensar na pergunta: Tu também tens uma vocação? Como é
comigo? Afinal o que é vocação? Uma professora da Universidade de Oslo, casada
e mãe de 4 crianças, conta sobre o tempo em que ela fazia parte do governo do
seu país. Certa vez, a sua filha mais pequena disse em tom provocador: “Tu
precisas ser uma verdadeira mãe! Tu precisas ser como as outras mães e
levar-me, tu mesma, às festas de aniversário!” – Esta foi a chave para começar
a dar prioridade aos filhos. Com o tempo ela pôde dizer: “Ser mãe para mim e para as crianças é mais
importante do que todas as outras atividades.” Vocação pessoal manifesta-se
quando algo se torna mais importante para mim do que para o outro. O que faço,
ninguém o faz assim como eu. Ninguém pode substituir-me na missão, na minha
vocação. Sim, outros podem exercer o meu papel, mas ninguém o fará como eu.
Neste mês de Maio olhamos
para Maria especialmente como Mãe e, por isso, como Educadora. Ela educou Jesus
e deixou-Se educar por Ele. Sabemos que ninguém pode dar o que não tem, por
isso temos que trabalhar constantemente em nós para possuirmos a arte de
educar, à semelhança do nosso grande modelo: Maria, Mãe e Educadora!
João Paulo II dizia que
percorrer “as cenas do Rosário é como frequentar a “escola” de Maria para
ler Cristo, penetrar nos seus segredos, compreender a sua mensagem. Uma escola,
a de Maria, ainda é mais eficaz, quando se pensa que Ela, nos obtém os dons do
Espírito Santo com abundância e, ao mesmo tempo, propondo-nos o exemplo daquela
«peregrinação da fé », na qual é Mestra e Educadora inigualável.” (Rosarium Virginis Marae)
Termino com um episódio que se deu no jardim-de-infância.
À pergunta da educadora: “Onde é o teu lugar predileto?”, Celina respondeu
prontamente, como que disparado de uma pistola: “Nos braços da minha mãe!”.
Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Maio 2013)
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