quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dia da Imaculada Conceição de Maria

Hoje, 08 de Dezembro, celebra-se na Igreja, o dia da Imaculada Conceição. Este dogma, foi proclamado por Pio IX, em 08 de Dezembro de 1854. Também neste dia mas no ano de 1965, foi concluído solenemente pelo Papa Paulo VI, o Concilio Vaticano II. Curiosamente, este mesmo Concílio, foi iniciado por João XXIII, em 11 de Outubro de 1962, dia em que se celebrava a festa da Maternidade de Maria.
Portugal, desde os primórdios da sua história, soube acolher-se no regaço da Mãe de Jesus. Como povo em crescimento e em busca da consolidação de fronteiras, dedicou, desde os primeiros tempos da sua história, uma terna e filial afeição à Virgem Maria que escolhera como sua Senhora.
De entre as inúmeras invocações, com que a Ela se dirige, destaca-se desde muito cedo, no horizonte de um culto sempre crescente, a da Imaculada Conceição. No Calendário de Salisbury, adoptado pelo primeiro Bispo de Lisboa reconquistada, Gilberto Hastings (entre 1147 e 1166), já figurava a referência ao mistério de Maria Imaculada.
No século XVII, o culto de Maria, no Mistério da sua Imaculada Conceição, fazia parte da cultura nacional. Sinais disso, entre muitos outros, são: a consagração de Portugal a Maria Imaculada, a entrega da coroa real, à imagem da Senhora da Conceição de Vila Viçosa, pelo Rei D. João IV e o juramento a que se obrigou o corpo docente da Universidade de Coimbra, de defender e ensinar que Maria fora concebida sem pecado.
O Rei D. João IV, proclamou em 25 de Março de 1646, a Imaculada Conceição, como Rainha e Padroeira de Portugal.
A imagem da Imaculada Conceição, remete-nos para a imagem da Virgem à escuta, que vive na palavra de Deus, que conserva no seu coração as palavras que lhe vêm de Deus e reunindo-as como num mosaico, aprende a compreendê-las; remete-nos para a grande Crente que, repleta de confiança, se coloca nas mãos de Deus, abandonando-se à sua vontade; remete-nos para a Mãe humilde que, quando a missão do Filho o exige, se põe de lado e ao mesmo tempo, para a mulher corajosa que, enquanto os discípulos fogem, permanece aos pés da cruz.

Verdadeiramente bem-aventurada é Maria, entre todas as mulheres.

O Pai escolheu-a em Cristo, antes da criação do mundo, para que fosse santa e imaculada na sua presença, no amor, predestinando-a como primícias para a adopção filial por obra de Jesus Cristo.
Meditar no mistério da Imaculada Conceição de Maria há-de levar-nos, antes de mais, ao apreço pelo mistério amoroso da acção redentora do seu divino Filho. Tal redenção refulge, esplendorosamente, na pessoa de Maria, primeira redimida. Nela se revela a delicadeza da Providência Divina que chama cada homem e cada mulher a colaborar na obra da salvação de todos.

Neste dia de festa, queremos agradecer ao Senhor, o grande sinal da sua bondade, que nos concedeu em Maria, sua Mãe e Mãe da Igreja. Queremos pedir-lhe que ponha Maria no nosso caminho, como luz que nos ajuda a tornar-nos também nós luz e a levar esta luz pelas noites da história.

“Salvé, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.” (Lucas 1, 28)

Fami e Paulo

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