“Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice.
Todavia, não se faça a minha vontade, mas a Tua”.
O Domingo de Ramos é a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. É também a abertura da Semana Santa.
Segundo os Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar com os seus discípulos a Páscoa Judaica.
Entrou na cidade de Jerusalém, como um Rei, mas montado num jumento (símbolo da humildade) e foi aclamado pela multidão como o Messias, Rei de Israel.
A mesma multidão que O aclamava com cânticos como: “Hossana ao filho de David”, passados poucos dias, pedia a Pilatos a sua crucificação.
Neste dia, são habituais procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que deu origem ao nome da celebração.
Esta celebração já se realizava em Jerusalém no século IV, passando depois a ser também celebrada em todas as Igrejas do Oriente, chegando a Roma no século VIII, de onde irradiou para todo o Ocidente.
Após o Concílio Vaticano II, a reforma litúrgica, simplificou o ritual desta celebração, sem que contudo perdesse a dignidade.
Esta celebração relaciona-se de tal maneira com a Missa, que não faz sentido realizá-la em separado desta.
Na Missa deste dia, faz-se a proclamação da Paixão do Senhor, segundo um dos Evangelhos e de preferência dialogado por três leitores.
A liturgia deste último Domingo da Quaresma convida-nos a contemplar Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz, que a liturgia deste dia coloca no horizonte próximo de Jesus, apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova, que em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.
O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e a morte de Jesus: é este o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de nos libertar de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz revela-se o amor de Deus, esse amor verdadeiro que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.
“Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?
Hei-de falar do Vosso nome aos meus irmãos,
Hei-de louvar-Vos no meio da assembleia.
Vós que temeis o Senhor, louvai-O,
Glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,
Reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel.”
(Salmo 21)
“Hossana! Crucifica-O!...” Gritos de alegria! Gritos de ódio!... A mesma multidão! E o nosso grito hoje? Somos discípulos de Jesus quando está tudo bem… e prontos a negá-lo quando nos sentimos comprometidos com Ele?
Durante a semana Santa, tornemos o tempo de parar com São Paulo a fim de revivificar a nossa fé em Cristo Jesus imagem de Deus… baixando-se até à morte na Cruz … elevado acima de tudo…”
Ousemos proclamá-lo pela nossa vida “Cristo e Senhor para a Glória do Pai”!
Vivamos a Semana Santa na oração e na contemplação de Jesus Cristo, a essência do nosso ser e da comunhão de Irmãos em Igreja!
Como Maria que acompanhou seu filho, Jesus, até ao Calvário, sejamos nesta Semana Santa, também companhia Dele e através da oração vamos aliviar o peso da cruz.
(Fontes: Conferência Episcopal Portuguesa, Enciclopédia Católica Popular e pt.wikipédia.org.)
Fami e Paulo
1 comentário:
Paulo e Fami
Apesar da minha insipiente fé, sou um frequentador assíduo deste blogue porque aprecio muito este Movimento e porque a ele estão ligadas algumas pessoas que conheço e muito estimo.
Os meus parabéns pelo vosso texto sobre o Domingo de Ramos.
Um abraço
Armando Cravo
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