segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Testemunho vocacional da Irmã Heloísa.


Curso da Irmã Heloísa no dia da consagração perpétua
A Irmã Heloísa é a segunda a contar da direita


No dia seguinte à realização da Missa de Acção de Graças, pelo jubileu da Irmã Heloísa (50 anos) de consagração e neste dia em que regressou ao seu país natal (Brasil), após passar vinte e dois anos em Portugal, deixamos o seu testemunho vocacional.

"Ao celebrar os meus 50 anos de Vida Consagrada no Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, é muito oportuno recordar a história da minha caminhada vocacional.

Cada um tem a sua história da própria vocação, pois Deus manifesta o Seu plano, na hora em que Ele entende ser a melhor, para a respectiva pessoa.
Eu posso dizer que a minha vocação nasceu comigo. Desde criança, sentia o chamamento de Deus, para dedicar toda a minha vida a Ele, no serviço aos outros.
Quando comuniquei esse desejo aos meus pais, eles sentiram-se honrados por terem sido escolhidos para entregar uma filha a Deus.
Desde o princípio, eles entenderam que, para a pessoa ser feliz, deve seguir a vocação que Deus previu nos Seus planos para ela. Quais os pais que não querem ver os seus filhos felizes? Por isso, recebi deles todo o apoio, incentivo e acompanhamento em toda a minha caminhada vocacional.
Na minha família, somos 10 irmãos. De todos, sem excepção alguma, recebi pleno apoio.
Sou natural do Brasil. Na aldeia onde eu morava, só havia uma comunidade religiosa. Como não conhecia outras, pensava em entrar nessa comunidade.
Entretanto, um dos meus irmãos que era seminarista, teve oportunidade de conhecer em Santa Maria, o Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, inclusive o seu Fundador: Padre José Kentenich. Gostou muito do seu traje, do seu estilo de vida e da sua espiritualidade!
Quando esteve em casa, de férias, falou-nos sobre essas Irmãs e sobre o seu Fundador e aconselhou-me a ir para lá. Eu também gostei do que ouvi.
Pouco tempo depois, visitou-nos uma Irmã de Maria de Schoenstatt, de Santa Maria que, nessa altura se encontrava de serviço na nossa aldeia. Não foi preciso reflectir muito mais. Estava tudo decidido! “É, precisamente com estas Irmãs que eu hei-de entrar”, (pensei).
Aos poucos, preparei-me para o ingresso. Havia mais seis jovens na minha aldeia que se sentiam chamadas por Deus a uma vida de entrega total e pensavam a mesma coisa que eu.
Como naquele tempo, onde eu morava existia um único carro, decidimos juntar todo o grupo e irmos a Santa Maria com uma carrinha aberta (propriedade dum parente de uma das jovens). Foi o transporte mais acessível que arranjámos. Aliás, uma das sete jovens não podia ir nessa data que havíamos previsto, mas foi alguns dias mais tarde.
Qual a nossa alegria, quando ao chegar em frente da Casa Provincial das Irmãs de Maria, encontrámos o Fundador que aí se encontrava em visita. Essa foi a última das dez visitas que ele fez ao Brasil. Com certeza, silenciosamente, ele nos concedeu a sua primeira bênção para a nossa caminhada no Instituto.

Tive ainda oportunidade de participar em várias palestras dele, que foram traduzidas simultaneamente, inclusive também em uma das Santas Missas que celebrou no Santuário Tabor de Santa Maria.
Foi ali, na Casa Provincial, que com o passar dos anos, recebi toda a minha formação, a qual me introduziu na vida e na espiritualidade do Instituto. Para mim, a entrada nesta Família de Irmãs, foi a maior graça que Deus me concedeu, depois do Baptismo e dos demais Sacramentos.
Após muitas actividades no Brasil, em diversas áreas, vim para a Europa: primeiro fiquei cerca de um ano e meio em Schoenstatt, na Alemanha, no lugar da fundação do nosso Instituto, para ampliar a minha formação. De lá, vim a Portugal, onde vivi quase metade da minha vida como Irmã de Maria.
Gostei muito do acolhimento e abertura que aqui encontrei e agradeço por isso. Agradeço sobretudo, por poder identificar-me também com os portugueses, no amor e veneração à nossa Mãe, Maria, a quem aprendi a amar, desde o berço.
Nesta nova Família à qual pertenço, seguindo a orientação do Fundador, aprendi a amá-La mais intensamente, pois ele legou-nos o amor a Ela, como preciosa herança: o mesmo amor que na sua vida atingiu uma dimensão muito grande.
Ao celebrar os meus cinquenta anos de Consagração a Deus, através da nossa querida Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, quero expressar dois desejos:
Que o amor e vinculação à nossa Mãe do Céu e ao Seu Santuário cresçam cada dia mais, até nos identificarmos com Ela.
Que os pais e familiares procurem sempre a felicidade dos filhos, concedendo-lhes todo o apoio e acompanhamento para seguir e realizar a sua vocação para a qual se sentem chamados por Deus. "

Irmã Maria Heloísa Cesca

Obrigado por tudo Irmã Heloísa, que a Mãe Três Vezes Admirável a abençoe de uma forma muito especial, por tudo o que fez pela Família e pelo Santuário de Schoenstatt da Gafanha da Nazaré.

Equipa de Divulgação do Jubileu 2010

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