Irmã Emília (1893 - 1955)
Neste dia 20 de Novembro, celebram-se 54 anos da morte da Irmã Emília. É sobre ela este trabalho em que vamos procurar fazer um breve resumo da sua vida.
Em primeiro lugar, queremos destacar uma frase que o Pai Fundador disse acerca dela:
- “A Irmã Emília foi uma filha da Divina Providência dos pés à cabeça.”
Sabemos a importância que o Padre Kentenich atribuía à Divina Providência, por isso ao referir-se assim à Irmã Emília, sem dúvida que muito do carácter dela, fica já explicado.
Mas comecemos do início:
A Irmã Emília nasceu a 6 de Fevereiro de 1893, numa cidade alemã de nome Husten. Foi a quarta de doze filhos, nascidos numa família profundamente religiosa e que tiveram a preocupação de dar aos filhos, uma profunda formação religiosa, num lar onde reinavam o amor, a paz e a alegria.
Desde pequena que Emília demonstrou ter grande jeito e vontade para os estudos. Por isso não foi de admirar, que no ano de 1914, concluísse com resultados brilhantes o curso do magistério primário. Iniciou a sua actividade como professora, dedicando-se de alma e coração aos seus alunos.
Em 1921, ocorre um acontecimento que se vai revelar decisivo na vida de Emília. Participa na primeira jornada para mulheres em Schoenstatt, toma contacto com a espiritualidade mariana e ponto fulcral: conhece o Padre Kentenich.
A abertura e a docilidade com que segue as orientações do Pai Fundador, fazem com que em 1926, abandone o ensino público e ingresse em Schoenstatt, onde se coloca ao inteiro dispor do Pai Fundador, para fundar o Instituto Secular das Irmãs de Maria.
Ocupa cargos de responsabilidade na formação das Irmãs e no governo e orientação do jovem Instituto. Em 1927, oferece-se a Deus, como holocausto pela santificação da comunidade.
Em 1931, começa a padecer de tuberculose pulmonar, uma doença comum e muito mortal para aquela época.
Com alegria, estoicismo e entrega total, suporta serenamente a doença que a atormenta e que a leva a estar ausente quatro anos de Schoenstatt, passando esse tempo em sanatórios e hospitais, submetendo-se a dolorosas operações.
Regressa então a Schoenstatt, mas devido ao agravamento do seu estado de saúde, acaba por ficar totalmente paralisada, embora mesmo assim se mantenha a ocupar cargos de responsabilidade no seu Instituto.
Em 1946, já quase completamente paralisada, assume o cargo de Superiora Provincial da Província Oeste da Alemanha. Foi uma pessoa que nunca se considerou derrotada em face da doença de que padecia, nunca se deixando abater e buscando um crescimento sereno e uma livre tranquilidade em si mesma e ao filial estar abrigada em Deus.
Na fase final da sua vida, só conseguia movimentar a mão direita, mas mesmo assim poucos dias antes de morrer, conseguiu escrever utilizando um estilete e um quadro de cera a seguinte frase:
- “ Não permito que critiquem o bom Deus. Dei-lhe carta branca e Ele pode fazer de mim o que quiser …”
A 12 de Fevereiro de 2002, a causa de beatificação da Irmã Emília, foi concluída na Diocese de Trevers, na Alemanha e seguiu para Roma para ser submetida à Congregação para as Causas dos Santos, onde aguarda o parecer final.
A vida da Irmã Emília, abre-nos o caminho que conduz do medo à confiança: O abandono à Divina Providência amorosa de Deus, nosso Pai e a entrega confiante a Maria, Mãe de Misericórdia.
Terminamos com uma frase da Irmã Emília, que pode servir de exemplo para todos nós:
“Se eu me entregar sem reservas à nossa Mãe de Schoenstatt, então, com certeza, ela me usará como instrumento, mesmo que exteriormente eu tenha que estar inactiva.”
Fami e Paulo
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