sábado, 25 de outubro de 2014

Encontro do Papa Francisco com Movimento de Schoenstatt

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Cidade do Vaticano, 25 out 2014 (Ecclesia) – Francisco recebeu hoje em audiência a família internacional do movimento de Schoenstatt, que está a celebrar o seu centenário, e afirmou que a “Igreja sem Maria torna-se um orfanato” e a que “sua renovação é a santidade”.
O Papa respondeu de forma espontânea a cinco questões sobras as temáticas: família, pedagogia, juventude, sociedade e Igreja.
Olhando para o papel de Maria na evangelização da Igreja o Papa respondeu que “um cristão não tem direito a ser órfão, porque temos Maria”.
“Só é possível crescer na fé com Maria e a Igreja sem Maria torna-se um orfanato, pois só ela ajuda, acompanha e toca as consciências”.
Francisco disse ainda que “ninguém é tão moderno que possa prescindir de Maria”.
Perante uma questão sobre a Igreja e a sua renovação o Papa afirmou que os “únicos que renovaram a Igreja foram os santos”.
“Não tenham medo da vida de santidade pois esse é o único caminho para renovar a Igreja”.
“É preciso renovar a cúria, o banco do Vaticano, mas isso é renovação a partir de fora mas ninguém fala da renovação do coração, esse é o caminho da santidade”, destacou.
No acompanhamento que o movimento faz às famílias e a forma como se pode ajudar, o Papa respondeu que a “única forma de ajudar esta crise da família é ser claro nas ideias e nos valores”.
“A pastoral da ajuda tem de ser corpo a corpo, no acompanhamento a cada noivo, casal ou famílias, para que o sacramento do matrimónio não seja só um rito e uma festa mas que haja paciência no testemunho”.
Além disso Francisco alertou ainda ps jovens para ser “testemunhas de Cristo e saírem de si mesmos”, mostrando a alegria da oração e missão.
“Quando chegar a tentação do cansaço, porque vai chegar, saibam abrir a boca e pedir conselhos”, aconselhava o Papa.
Na penúltima questão, colocada a Francisco por uma família com uma pequena bandeira portuguesa, perguntavam qual o segredo para o Papa manter a alegria e esperança num tempo tão conturbado e de guerras.
Francisco, depois de ter dito que não sabia, refletiu um pouco, afirmou não ter segredos e respondeu que só com a sua “personalidade, porque sou inconsciente, rezo e tenho a audácia de me abandonar à confiança e bondade de Deus”.
“É preciso descentrar de mim mesmo e colocar Jesus no centro. Se nos fechamos na paróquia, no movimento, cúria ou diocese não se capta a verdade da realidade em Jesus, olhar a partir das periferias vê-se melhor e isso a mim ajuda-me”.
Francisco terminou a dizer que a Igreja tem de trabalhar para a “cultura do encontro” na família, na Igreja e nos movimentos.
“Recomendo a lerem a passagem de José e os irmãos, do livro dos Génesis, para renovarem a aliança com Maria e com a Igreja”.
O Papa terminou o encontro com a oração da consagração a Nossa Senhora com todos os participantes, entregou flores à imagem original peregrina e deu a bênção com uma cruz missionária oferecida.
No fim partilhou ainda o segredo de ter uma imagem de Maria peregrina, oferecida por um sacerdote do movimento de Schoenstatt, na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, e todos os dias quando se levanta, toca na imagem e reza.
O Movimento Apostólico de Schoenstatt celebra este ano o centenário da sua fundação, sendo que a origem do movimento “é a Aliança de Amor com Nossa Senhora em 18 de outubro de 1914, numa capelinha no lugar de Schoenstatt, Alemanha, hoje o santuário original”.
Em Portugal, o Movimento de Schoenstatt tem quatro santuários, nas dioceses de Aveiro, Braga, Lisboa e Porto, os quais são “centros de peregrinação, de formação e de fé”.
Entre as diversas iniciativas, destacam-se o serviço à família e à juventude, através de “grupos de casais e jovens, cursos para namorados e noivos, missões juvenis e familiares”.
SN
 
 
 
 

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