quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Minha querida Rainha...

 
Ir. M. Nilza P. da Silva - Minha querida Rainha, Mãe Peregrina Original de João Luiz Pozzobon, aqui no Santuário, diante de Jesus sacramentado, contemplo as tuas ruínas, nas madeiras diante do altar.
O coração se aperta e as lágrimas purificam os sentimentos… Conduz-nos ao alto, para que vejamos tudo isso com o olhar da fé e saibamos aplicar na vida o que Deus-Pai nos diz.
Rainha Pioneira, a tua bela moldura são simples pedaços de madeiras… Tu que livraste a tantos filhos de acidentes, agora estás diante de mim, como vítima ferida, sem forma e sem beleza aparente. Mas, inteiramente Rainha!
Grande Missionária, tu te fizeste semente, desfazendo-se em mil pedaços, lançando-se ao solo. “Semear é algo de grande, mas maior ainda é ser semente, semente de um mundo novo”, disse o nosso Pai e Fundador no envio das primeiras missionárias de Schoenstatt para o Brasil, em 1935. Sim, tu és uma Grande Missionária, pois és semente que se decompõe para que Cristo floresça nos corações.
Ao contemplar a tua estampa marcada pelo grave acidente, como não me lembrar de teu Filho muito Amado, com o rosto desfigurado e o corpo dilacerado, ao ser apresentado por Pilatos: “Eis o homem!” Eis o modelo de homem que deveis conquistar! E Jesus, mesmo ferido, sem beleza e ferido até a alma, não hesita em confessar: “Eu sou Rei!”
Tu és a nossa Rainha! Peregrina Original, eis a tua imagem! Ferida, em pedaços, machucada, mas sempre nossa Mãe e Rainha!
Rainha Pioneira, tu te desfizeste à beira do caminho, remetendo-nos ao testamento de teu “Burrinho”: “Se um dia me encontrarem morto à beira do caminho, saibam que eu morri de alegria!” Sabemos, Mãe, tu te desfizeste de tanto amor para com os teus filhos, caminhando com eles e indo levar alegrias para uma família.
Grande Rainha, de coroa intacta e imagem em ruínas, o teu olhar bondoso e maternal transpassa os arranhões que te ferem a face, acalma os nossos corações e ilumina as nossas mentes. O olhar de Jesus Menino se une ao teu e me fala no silêncio.
Mãe e Rainha, pelo meu batismo, sou também filho de Rei e minha missão é ser semente, consumindo-me em mil pedaços de amor doado por inteiro pela missão. “Se o grão de trigo não morrer, permanece só, mas se morrer, produz muitos frutos!” (Jo 12, 24)
Mãe e Educadora, de rosto sofrido e olhar de amor, ensina-me a ser como tu! A não temer o fracasso, a enfrentar a escuridão, a enfrentar a timidez, sem nada reservar para mim. Mas, a estar sempre em missão, sempre a caminho, consumindo-me no amor, para que cada pessoa encontre a luz de Cristo e, nele, viva como Filho amado do Pai!
Enquanto se recompõe a tua imagem, unindo o que restou, ajuda-me a recompor a imagem de Cristo em mim, parte por parte, num incansável trabalho de auto-educação e de santificação. Ajuda-me a não desfazer a imagem de Cristo que resplandece no meu irmão, mas fazê-la brilhar na dignidade real que ele recebeu por ser teu filho em Jesus.
Rainha, a tua coroa é intacta, nada abala a tua realeza! Abençoa o nosso país, faze resplandecer as glórias do Tabor em cada pedaço deste chão, santificado pela tua imagem. A partir de teu santuário, de cada imagem na qual te multiplicaste, restaura a imagem do homem de nosso tempo e ensina-nos a ser o que Deus deseja, a edificarmos nesta terra, uma cultura de restauração da imagem do homem, uma cultura do amor, de vínculos, uma cultura da aliança.

Fonte: http://www.maeperegrina.org.br/minha-querida-rainha/

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