terça-feira, 21 de agosto de 2012

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce

Tabanca na ilha de Bubaque, no Arquipélago dos Bijagós.

Há dois ou três anos, enquanto eu e a Maria Inês íamos de autocarro para a Universidade de Aveiro conversámos, meio a brincar, que havíamos de ir a África quando eu terminasse o curso. Bem, este ano terminei o curso e portanto, como sonhado, fomos a África. Como surgiu? Literalmente assim: Deus quis, nós sonhámos e a obra nasceu.
Foi no dia 22 de Julho que embarcámos na nossa missão de voluntariado por terras africanas. Depois de 4 horas de viagem, finalmente, pisámos a terra quente da Guiné-Bissau.

 Estrada na Guiné-Bissau

Fomos com os objetivos de recolher informação para os projetos da ORBIS (saber mais sobre a ORBIS: http://www.orbiscooperation.org/orbis/) e ajudar na área da Educação e da Saúde. Assim, a Maria Inês deu formação às educadoras de infância do Jardim Bolanha, em Bissau, do qual a Irmã Celeste é diretora. 



A Maria Inês a dar formação às educadoras de infância.

A Irmã Celeste que se licenciou em Educação de Infância, na Universidade de Aveiro, com a Maria Inês.

Enquanto eu colaborei com o Frei Victor, médico franciscano português, em consultas médicas no Hospital de Cumura (saber mais sobre a Missão Católica de Cumura: 

Hospital de Cumura

Ainda visitámos várias instituições que visam a promoção do desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida do povo guineense, sobretudo da faixa etária infantil. São exemplos o Hospital Pediátrico de Bôr, apoiado pela Cooperação Portuguesa, e as Aldeias de Crianças SOS (saber mais sobre as Aldeias de Crianças SOS: http://www.aldeias-sos.org/quemsomos/?idcat=6020&id_parent_cat=6002). De Portugal levámos material escolar para distribuir pelo jardim de infância Bolanha, pela Casa Bambaran e pela Casa Emanuel, os dois últimos acolhem crianças órfãs que perdem a mãe no parto e das quais as famílias não têm capacidade para cuidar. 

Crianças da Casa Bambaran a quem oferecemos material escolar.

Oferta de material escolar à diretora da Casa Emanuel.

Apesar de tudo o que levámos e fizemos foi muito mais aquilo que África nos ofereceu: as paisagens; a relação harmoniosa entre o Homem e a Natureza; a vida desprendida de bens materiais; o acolhimento, a amizade e a boa disposição apesar das dificuldades.


 Eu a brincar com as crianças guineenses.

Regressámos no dia 8 de Agosto, com saudade daquela terra que nos ensinou que mesmo quando pensamos que já vimos tudo ainda nos conseguimos surpreender.

Mariana Lourenço

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...