domingo, 18 de maio de 2014

"Dia da Aliança" - Maio 2014

 
Dar TEMPO a MARIA
“Pastéis quentes! Pastéis quentes” – assim anunciava solenemente um menino pelas ruas de Londres. Quando as pessoas compravam os pastéis e começavam a comer, logo ficavam desiludidas e gritavam: ó rapaz, não são quentes, mentiste! Mas este saía-se muito bem dizendo: É verdade não são quentes, mas têm esse nome!
Este exemplo que o Pe. Kentenich contou às famílias, com o objetivo de nos alertar para cuidarmos de não termos apenas o nome de “pastéis quentes”, sem o sermos realmente. Precisamos de cuidar para não sermos só chamados de cristãos, mas de sermos cristãos autênticos e católicos verdadeiros. Por isso, o desafio de nos perguntarmos: o que estou a fazer neste mês de maio, mês dedicado a Nossa Senhora, como cristão, como herdeiro da missão mariana portuguesa?
É  verdade que o ritmo das nossas vidas nos envolve totalmente que só reservamos o “tempo que sobra” para dedicar a Nossa Senhora, e quando este  sobra  arranjamos  sempre  algo para o preencher. Ou então desculpamo-nos com a nossa fraca fé, desmotivação ou desilusões com a Igreja. Muitos até dizem que não conseguem rezar. Isso é porque não lhe dedicam tempo.
Dedicar tempo a Deus, a Nossa Senhora, não é passar o dia na Igreja ou na capela. Dedicar o nosso tempo é cultivar o nosso amor, alimentar o nosso amor. Quando gostamos de alguma coisa, ela tem valor para nós, e quando algo tem valor para nós, então gostamos de passar tempo a apreciá-lo, tratá-lo, a tê-lo simplesmente connosco. Se observamos um jovem com o seu carro novo, reparamos no tempo que ele gasta a admirá-lo, a poli-lo, repará-lo e afiná-lo. Ou então um adulto com o canteiro de rosas preferidas, e o tempo passado a adubar, a fertilizar e a podar. Assim acontece, por exemplo, quando amamos as crianças: passamos tempo a admirá-las e a tratar delas. Assim é com os idosos: não nos cansamos de ajudar e de ter paciência com eles, para que se sintam bem. Assim é com todos os que amamos: gostaríamos de os ter sempre connosco, de os fazer felizes com pequenas surpresas. Com gosto damos-lhes o nosso tempo. A medida do “tempo que eu gasto” com alguém é a medida do meu amor. Para amar é preciso “dar tempo”.
Quando olhamos para o início de Schoenstatt, podemos ver muitas maneiras que os jovens congregados encontraram para dedicar tempo a Nossa Senhora. José Engling, um dos jovens congregados, aproveitava os pequenos intervalos das aulas para “dar uma corrida” até ao Santuário, descer e subir uma colina algumas vezes por dia, para saudar Nossa Senhora. Nas trincheiras do campo de batalha, os jovens congregados liam a revista da MTA que lhes era enviada de Schoenstatt. Aproveitavam as dificuldades para crescer no amor a Nossa Senhora e disso davam testemunho, escrevendo que muitas vezes, em espírito, estavam dentro da capelinha, aos pés de Nossa Senhora.
Cada um de nós deve encontrar o seu jeito, o seu ritmo de demonstrar o seu amor. Essa é uma exigência da Aliança de Amor: “Provai primeiro que me amais realmente”.
 
Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Maio 2014)
 

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