Algumas centenas de pessoas passaram no último domingo
pelo Santuário de Schoenstatt da Gafanha da Nazaré (Diocese de Aveiro) para agradecer a entrega
formal do Santuário Original, na Alemanha, ao Movimento Apostólico de
Schoenstatt. “Muitos não sabiam, é certo, mas o Santuário Original não era
nosso. Pertencia aos Padres Palotinos, congregação a que o Padre Kentenich
[fundador da espiritualidade de Schoenstatt] esteve ligado até 1965” , explica o Padre Carlos
Aberto Pereira de Sousa. O responsável dos Padres de Schoenstatt na Diocese de
Aveiro explica como tudo se processou: “O Padre Kentenich fundou uma congregação
mariana que veio a dar origem ao Movimento de Schoenstatt. Para as reuniões
desse pequeno grupo de seminaristas do seminário dos Padres Palotinos, em
Schoenstatt – Coblença (Alemanha), pediu uma capela abandonada que estava ao
lado do seminário. Esta capela era propriedade desta comunidade, pois fazia
parte do terreno que eles compraram para o seu seminário. Depois de restaurada
e de se ter transformado no que hoje chamamos “lugar de graças”, o Santuário de
Schoenstatt, esta capelinha sempre ficou na propriedade dessa comunidade.
Apesar de ser um centro de peregrinação internacional para toda a Obra de
Schoenstatt e para todos os que lá peregrinavam com fé, a pastoral normal e a
“administração” se assim se pode chamar, esteve sempre na responsabilidade dos
Padres Palotinos. Nestes últimos tempos começaram conversas no sentido do
Movimento de Schoenstatt ficar responsável pelo Santuário Original, com a
finalidade de, quando possível, comprar o terreno envolvente junto com o Santuário”.
As conversas continuaram para a possível compra, até que
– relata o Padre Carlos Alberto – “fomos surpreendidos quando nos foi informado que
os Padres Palotinos tinham decidido não vender, mas sim oferecer como presente do
jubileu de Schoenstatt o Santuário Original”.
No dia 22 de Setembro, deu-se a entrega formal da
propriedade do Santuário ao Movimento de Schoenstatt, abrindo novas perspetivas
pastorais para este movimento com espiritualidade fortemente centrada nos
santuários marianos. “Afinal era como se Schoenstatt estivesse numa casa
alugada”, remata Padre Carlos Alberto.
O Movimento de Schoenstatt comemora entre 18 de outubro
de 2013 e 18 de outubro de 2014 o jubileu dos cem anos de fundação. A primeira
data será assinalada no santuário da Gafanha da Nazaré com uma celebração. Em
Portugal, o ponto alto do jubileu será o dia 4 de maio de 2014, com uma
peregrinação nacional a Fátima.
J.P.F.
(Este artigo saiu hoje no jornal Correio do Vouga. A notícia foi elaborada por Jorge Pires Ferreira.)
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