Sinal de AMOR À IGREJA nos nossos dias
“Desde
que eu apreendi a crer novamente, fascino-me sempre de novo, pois experimento
pessoas, coisas e acontecimentos numa outra dimensão, precisamente porque as
minhas vivências receberam uma nova componente: a Fé.” – conta uma mãe depois
de encontrar de novo o caminho para a Igreja.
Voltar
para a Igreja é quase um paradoxo nos dias de hoje, ou talvez não! Se por um
lado vemos notícias sobre escândalos dentro da própria Igreja, “leis” da Igreja
que muitos dizem ser retrógradas, também recebemos a alegria de 3 milhões de
jovens que se juntam numa praia do Rio de Janeiro para um encontro com o “chefe”
dessa Igreja. Raramente se vê maior concentração de pessoas e para manifestar o
quê? A fé em Jesus Cristo. “Os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo”,
afirmou o Papa Francisco. Muitos querem interpretar as suas palavras de modo a
ajustar-se às mudanças do estilo de vida da sociedade, mas a verdade é que o
seu exemplo de vida arrasta mais do que palavras, que através dele está a abrir
espaços de esperança num mundo globalizado, está a revolucionar silenciosamente
com generosidade e humildade, reafirmando os verdadeiros valores em Jesus
Cristo e mostrando uma “Igreja que é mãe!” Durante o voo de regresso do Brasil,
perante a insistência de uma jornalista que queria “apanhar” algo
sensacionalista do Papa “moderno” sobre o aborto ou o casamento de pessoas do
mesmo sexo perguntando: “Qual é a posição de Vossa Santidade? No-la pode
dizer?” Papa Francisco: “A da Igreja. Sou filho da Igreja!” Como não amar esta
Igreja, apesar das suas falhas e debilidades? Não podemos desistir de amar, de
ter esperança, de ter fé numa Igreja que é mãe de cada um de nós, que quer o
nosso bem.
No
dia 15 deste mês, lembramos o falecimento do P. José Kentenich. No seu túmulo
estão gravadas, a seu pedido, as palavras: “Dilexit Ecclesiam” – Amou a Igreja!
Por altura do seu jubileu de ouro sacerdotal, quando se encontrava no exílio
imposto pela Igreja (14 anos afastado da obra que fundara), sem perspetivas de
um regresso, ou seja, como um pai ou uma mãe afastado dos seus filhos,
perguntaram-lhe como é que ele superava tudo isso sem se amargurar ou ficar
afetado psicologicamente. “O meu amor foi sempre maior que o sofrimento!”,
respondeu. P. Kentenich amava a Igreja
como ela era. Apesar das experiências negativas, nunca criticou a Igreja e
nunca desistiu de empenhar todas as suas forças por ela. Ele sabia que a cruz
faz parte da vida do cristão e que nela está a maior bênção.
Como
filhos de Schoenstatt devemos ter a coragem de redescobrir a beleza da Igreja,
de nos comprometermos com esta Igreja que é de Jesus Cristo, que somos nós.
“Ide,
sem medo, para servir!” (Papa Francisco)
Ide com mais alegria e mais amor servir a Igreja, como instrumentos de
Maria, “aquela que ajuda a Igreja a crescer” (Papa Francisco). Ide fomentar uma
Cultura de Aliança, pois é disso que se trata:
“Schoenstatt
para a Igreja, a Igreja para a Santíssima Trindade” (P.K.)
Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança", Setembro 2013)
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