Sinal de GRANDEZA nos nossos dias
Ao sentar-me para escrever
algo neste espaço pensei nos acontecimentos mais significativos do calendário
litúrgico deste mês de Agosto: Assunção de Nossa Senhora e Nossa Senhora,
Rainha. É claro que estas duas imagens nos levam a pensar no céu e por isso logo
me lembrei de um acontecimento recente que vivi na minha última viagem de
avião. Ao meu lado, uma pequenita de 6 anos e o seu pai. Quando o avião
levantava voo e já passávamos as nuvens ela, num momento efusivo de alegria,
exclamou alto: “Hei, estamos a ir para o céu! Vamos ver Jesus?” O que o pai,
num tom baixo, explicou, não sei. Eu apenas sorri e fiquei meditando nisso. Se
foi o meu vestido de Irmã de Maria que a despertou para o Divino, não sei;
acredito simplesmente que foi a palavra “céu”. E logo imaginei: não seria esta,
ou ainda muito mais, a alegria de Nossa Senhora quando era elevada ao céu: vou
ver Jesus! Não é este o grande momento na vida de um ser humano? Não deveria
ser este o nosso anseio? Não o deveria ser em tal medida que tudo o que nos
rodeia fosse um meio que nos elevasse, que elevasse os nossos olhos para Ele?
Maria abriu o seu coração a Jesus, deixou-O fazer parte da sua vida e
permaneceu para sempre unida a Ele e à sua missão. Festejamos a Assunção e a
Coroação de Nossa Senhora não para a tornar maior, porque Ela é a “cheia de
graça”, mas para que o nosso coração veja a sua grandeza. E onde está a
grandeza de Maria? Está na sua fé. Ela acreditou – a vida inteira, mesmo nas
horas de escuridão – no amor pessoal de Deus: “Faça-se em mim segundo a tua
palavra!” Maria deixou-se conduzir por Deus e com isso ela segue o SEU
caminho, decidida e corajosa, porque nela cresce uma segurança interior: esta é
a MINHA vida e eu preciso responder àquilo que me é dado viver, Àquele que fez
uma aliança de amor comigo. Deus também nos dá tanta graça quanta precisamos
para as nossas tarefas de vida, a graça necessária para a MINHA vida. E sabemos
que o nosso “avião”, o voo mais curto e mais seguro para chegar a Jesus é
Maria, Sua mãe. O “faça-se” de Maria é hoje para nós. Ela continua hoje
a incentivar-nos: “Fazei o que Ele vos disser!” Em Schoenstatt, vamos entrar no
Ano Jubilar: 100 anos de Aliança de Amor com a nossa Mãe e Rainha. Estamos a
encher as talhas com as provas de amor no dia-a-dia, com as alegrias e o
reconhecimento das nossas fraquezas e limites. O desafio é que sejamos
criativos – cada um à sua maneira – na arte de oferecer a Maria o nosso dia
para que Ela nos conduza mais profundamente ao coração de Jesus.
Numa reunião de casais
foram dadas algumas dicas que nos ajudam a procurar o nosso caminho. Um
empresário, na sua stressada tarefa na administração, vai escrevendo algo que
quer oferecer para o Capital de Graças e coloca no bolso, dizendo: está
entregue, presente é presente. À noite atira os papelinhos para a talha do seu
Santuário-lar. Uma mãe que no meio de
tachos e panelas, idas ao jardim-de-infância e ao supermercado, coloca logo
pela manhã 10 ervilhas no bolso esquerdo das calças e, durante o dia conforme a
sua oferta, vai passando para o bolso direito. À noite as ervilhas conquistadas
e não conquistadas caem no Capital de Graças.
Tudo é uma questão do
amor: A quem é que eu ofereço o meu dia-a-dia e para quê?
Ir. M. Paula Silva Leite, CMP
(Publicado no folheto mensal "Dia da Aliança, Agosto 2013)
Sem comentários:
Enviar um comentário